9 filmes e séries com cenas para perder a vergonha de se masturbar
O prazer feminino sempre foi mostrado na TV e no cinema sob o viés masculino: caras e bocas, muitos gritos e gemidos, facilidade imensa para chegar ao clímax e, claro, closes generosos nas curvas das atrizes. Felizmente, de uns tempos para cá isso vem mudando: não só as personagens das séries e dos filmes passaram a falar abertamente sobre sexo, como surgem em cena vivenciando orgasmos bem verossímeis, acompanhadas e, principalmente, sozinhas.
Embora a masturbação feminina ainda seja encarada como um tabu por muita gente, a indústria do entretenimento tem se empenhado para exibi-la nua e crua, tal e qual ela acontece de fato na vida real. As psicólogas Jéssica Siqueira de Oliveira, colaboradora da plataforma Sexo sem Dúvida, e Priscila Junqueira, Priscila Junqueira, cofundadora do IPSER (Instituto de Psicologia e Sexologia Essência Rara), em Campinas (SP), fizeram uma seleção das principais produções que contam com sequências inspiradoras para dar asas à imaginação na hora da diversão solo. Confira!
"Sex Education" (2019)
Disponível na Netflix, aborda vários temas englobando a sexualidade na adolescência: virgindade, sexo casual, prazer, relações homoafetivas, gravidez indesejada, pressão para transar, etc. O destaque, porém, é a personagem Aimee Gibbs (Aimee Lou Wood), que embora tenha uma vida sexual pra lá de ativa não consegue atingir o clímax. Otis Milburn (Asa Butterfield), filho de uma sexóloga que decide montar uma espécie de clínica de terapia na escola, a aconselha a se masturbar para identificar quais são os pontos de prazer e como gosta de ser tocada. A garota, então, se dedica a um treinamento intenso, mostrado ao telespectador sem cortes ou pudores. E, claro, ao colocar tudo em prática com o namorado tem, finalmente, o orgasmo dos sonhos.
"You" (2018)
Após uma transa um tanto frustrante com o namorado, a protagonista Guinevere Beck (Elizabeth Lail) decide se excitar com um travesseiro até chegar ao pico máximo do prazer. Em entrevistas, a diretora Sera Gamble revelou que quis filmar a cena da série da Netflix para estimular o público a ver a masturbação feminina como algo natural na sociedade. Outra intenção da sequência foi fazer com que as pessoas se incomodassem com a atitude invasiva do stalker Joe (Penn Badgley), que assistia o momento íntimo de Beck escondido.
"Sex and The City" (1998-2004)
Relacionamentos e transas, casuais ou não, sempre foram o principal assunto de Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon), Charlotte York (Kristin Davis) e Samantha Jones (Kim Cattrall), quatro amigas solteiras de Nova York. A masturbação foi tema de vários episódios da série da HBO, mas o mais lembrado pelos fãs é aquele em que Charlotte decide experimentar o vibrador Rabbitt e acaba "viciada" no brinquedinho erótico. Até hoje o modelo é um dos sex toys mais procurados e desejados entre as mulheres que desejam um upgrade no sexo solo.
"De Pernas pro Ar" (2010/2012/2018)
O longa-metragem nacional com Ingrid Guimarães à frente do elenco ajudou a popularizar os brinquedos eróticos entre o grande público. Ao perder o emprego e o marido no mesmo dia, Alice enfrenta um processo de reinvenção no qual acaba se tornando sócia de uma amiga em uma sex shop falida e descobre as delícias dos sex toys. Sua trajetória já ganhou três filmes, sendo que o segundo gerou enorme repercussão por conta do Octopussy, acessório em formato de polvo que apresenta oito tentáculos vibratórios para explorar ao máximo todas as possibilidades de prazer feminino.
"A Forma da Água" (2017)
Vencedor dos Oscar de Melhor Filme e Melhor Diretor em 2018, entre outros prêmios, o longa de Guillermo del Toro retratou a masturbação da personagem principal, a faxineira Elisa (Sally Hawkins), como algo natural e inerente à rotina feminina - a cena, inclusive, se passa numa banheira, durante o banho. A água, no filme, é um elemento pertinente à sexualidade da mulher - não à toa Elisa inicia uma relação explícita com a criatura anfíbia criada em segredo no laboratório em que trabalha.
"The Deuce" (2017-2019)
Nessa aclamada série da HBO que conta a ascensão da indústria pornográfica nos Estados Unidos nos anos 1970 e 1980 é possível ver a prostituta Eileen (Maggie Gyllenhaal) se masturbando e chegando ao clímax após a transa insatisfatória com um cliente. Foi a atriz, que já tinha se masturbado em cena para o filme "A Secretária" (2002), quem precisou convencer o diretor David Simon a incluir a sequência explícita na série para tonar a personagem mais crível e rica.
"O Som ao Redor" (2013)
Traz uma útil e bem humorada lição: mesmo com todos os afazeres com a casa e com os filhos, uma mulher não só pode como deve arrumar um tempinho para dedicar ao próprio prazer. O filme dirigido por Kleber Mendonças Filho apresenta uma das cenas mais comentadas do cinema nacional nos últimos tempos: enquanto as crianças estão na escola, a dona de casa Bia (Maeve Jinkings) dá uma pausa nas tarefas domésticas para se masturbar aproveitando as vibrações da máquina de lavar.
"Cisne Negro" (2010)
Apesar do mote machista - o diretor artístico a incentiva a se masturbar para se tornar mais sexy e selvagem ao dançar -, a bailarina Nina (Natalie Portman) protagonizou uma cena memorável ao vencer o pudor e o desconforto com o próprio corpo, aprendidos com a mãe autoritária e superprotetora, para se tocar e aprender a se dar prazer.
"Girls" (2012-2017)
Parecida com "Sex and the City" no formato, mas radicalmente mais provocadora e explícita na essência, "Girls" tratou o prazer feminino de forma mais radical e e crua através das personagens estrelada por Hanna Horvath (Lena Dunham), Marnie Michaels (Allisson Williams), Jessa Johansson (Jemima Kirke) e Shoshanna Shapiro (Zosia Mamet). Na primeira temporada, para se ter uma ideia, Marnie surge "se aliviando" em um banheiro público, fazendo cair por terra a equivocada percepção de que as mulheres são menos propensas a ceder aos impulsos físicos, algo geralmente relacionado aos homens.
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