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Vampiro energético no trabalho: veja principais tipos e como neutralizá-los

Tome cuidado para não ficar perto de um "vampiro" que rouba sua energia - Khosrork/iStock
Tome cuidado para não ficar perto de um "vampiro" que rouba sua energia Imagem: Khosrork/iStock

Heloísa Noronha

Colaboração para Universa

20/09/2019 04h00

Em vez de sangue, os chamados vampiros energéticos alimentam-se do nosso vigor e disposição, puxando o que temos de melhor para lidar com o dia a dia e nos deixando sem vitalidade. Segundo a parapsicóloga clínica Adriana Borges, de São Paulo (SP), essencialmente existem dois grupos de vampiros energéticos.

O primeiro é composto por pessoas mal-intencionadas, que alimentam sentimentos negativos no coração e que, por essa razão, guardam rancor, raiva e inveja dos outros. "Elas nos sugam as energias intencionalmente, emitindo pensamentos nocivos a nosso respeito como, por exemplo, quando estão a conversar conosco e, mentalmente, nos desejam mal e cobiçam o que temos", explica.

Já no segundo grupo estão os vampiros energéticos que agem inconscientemente e vivem constantemente infelizes consigo mesmos e que despejam em nós o seu "lixo energético", nos relatando repetidamente todos os seus problemas e descontando em nós suas mazelas. "A diferença é que essas pessoas não pensam em fazer o mal às outras, mas como a sua energia é tão baixa e pesada, porque estão sempre depressivas, elas sugam a energia positiva dos outros, alimentando-se delas", indica Adriana.

De acordo com Carlos Florêncio, mentor de desenvolvimento humano, terapeuta, filósofo e criador do Método PH Vida, de São Paulo (SP), os vampiros energéticos possuem algum tipo de vazio interior ou um processo mal resolvido que faz com que, inconscientemente, tentem sanar e resolver o problema procurando trazer a energia do exterior para o seu interior. Ou seja, a partir do outro, e não a partir da busca por conhecimento que os leve a desenvolver o que necessitam para romper com aquilo que está, de alguma forma, os prejudicando", observa.

Para a treinadora mental e reprogramadora vibracional Elainne Ourives, autora do livro "DNA Milionário" (Ed, Gente), essas pessoas, por não se sentirem felizes, já que estão sempre vibrando em frequências baixas, sentem-se não só incomodadas por todas as coisas ruins que acontecem na vida delas como ainda acreditam que não são merecedoras da felicidade e que nunca vão alcançar tudo o que querem. "O que o vampiro emana é a soma de todo o comportamento e da frequência vibracional que cultiva. São homens e mulheres que se sentem desconfortáveis e culpados o tempo todo", conta.

Na verdade, quase todos nós, num momento ou outro da vida, quando nos encontramos em um estado de desequilíbrio, acabamos vampirizando a energia alheia. Para identificar um vampiro energético, é simples: "Sabe aquela sensação de estar com alguém e se sentir cansado, com sono e bocejando toda hora? É isso que os vampiros energéticos costumam transmitir para quem está ao redor", diz Elainne.

Outros sintomas são dor de cabeça forte, peso nos ombros, desânimo, tristeza, sonolência, incômodo no lado esquerdo das costas ou sensação de peso no plexo solar. "Uma característica típica é o estilo pegajoso. Sabe aquelas pessoas que necessitam segurar em você para dialogar ou que utilizam movimentos contínuos com as mãos durante a conversa, dando cutucões ou tapinhas? Isso também é vampirismo", diz Marilda Franco de Oliveira Chiuzini, terapeuta integrativa do Espaço Conheça-te, em São Paulo (SP).

Principais tipos

Observar o comportamento humano é uma maneira de identificar um vampiro energético. Conheça os exemplos mais emblemáticos:

  • Vampiro crítico: vê a vida somente pelo lado sombrio. A maledicência tende a criar na vítima um estado de alma pesado, que abrirá seu sistema para que a energia seja sugada. "Diga 'não' às suas críticas e nunca concorde com ele. A vida não é tão ruim assim. O melhor é cair fora e cortar o contato", sugere Adriana.
  • Vampiro adulador: é o famoso puxa-saco. Adula o ego da vítima, cobrindo-a de elogios falsos, tentando seduzi-la. Muito cuidado para não dar ouvidos ao adulador, pois ele espera que o orgulho da vítima abra as portas da aura para sugar a energia.
  • Vampiro intimidador: segundo a terapeuta humanista e numeróloga Marcia Pugliesi, do Espaço Conheça-te, é o imperativo que usa de dominação e intimidação para inibir a opinião alheia, deixando a outra pessoa coagida para expor o que quer. "Manter a postura firme e tranquila é o melhor antídoto contra esse vampiro", explica.
  • Vampiro reclamão: reclama de tudo e todos. Opõe-se a tudo, exige, reivindica, protesta sem parar. "O mais engraçado é que nem sempre dispõe de argumentos sólidos e válidos para justificar seus protestos. A melhor tática é deixa-lo falando sozinho", recomenda Adriana.
  • Vampiro "bonzinho": de acordo com Carlos Florêncio, atacam no emocional e tendem a proporcionar aquilo que o outro precisa. "Parece que estão fazendo um favor, mas na realidade querem reconhecimento e valorização. Ao não conseguirem isso, tendem a reverter a situação, cobrando o que fizeram e tentando culpar o outro por não propiciar aquilo que desejava", fala.
  • Vampiro sedutor: pessoas que fazem o outro se sentir muito bem e com poder por meio da sexualidade. Ilusoriamente, dá ao parceiro a sensação de de ser nota 10 na cama". Na realidade, suga a energia da pessoa pela via sexual.
  • Vampiro com mania de vitimismo: é o lamentador profissional, que anos a fio chora suas desgraças. Para sugar a energia da vítima, ataca pelo lado emocional e afetivo. Chora, lamenta-se e faz de tudo para despertar pena. É sempre o coitado, a vítima. "Corte suas lamentações dizendo que não gosta de queixas, pois elas não resolvem situação alguma", aconselha Adriana.
  • Vampiro hipocondríaco: cada dia aparece com uma doença nova. É desse jeito que chama a atenção dos outros, despertando preocupação e cuidados. Enquanto descreve os pormenores de seus males e conta seus infindáveis sofrimentos, rouba a energia do ouvinte, que depois sente-se péssimo.
  • Vampiro "coitadinho": perfil de pessoa sofredora que tem a tendência de fazer com que as demais sintam pena dela. "Com isso conseguem aquilo que necessitam, como ajuda para resolver algum problema, dinheiro, entre outros favorecimentos. Tiram vantagem da situação, se escoram, ficam dependentes do que o outro proporciona, mas mantêm sempre uma postura de maneira a manter o outro preso a elas", comenta Carlos.
  • Vampiro "perdido": pessoas perdidas no seu estado de ser, sem rumo nem objetivos na vida, e que tendem a trazer outras para o mesmo contexto. "Esses vampiros prometem alegrias, prazeres e satisfações, provocam de maneira a fazer com que o outro ceda, tentam ludibriar e seduzir para que a pessoa escolha aquilo que eles querem. E ainda convidam para festas, bebidas, experiências com drogas e aventuras supostamente de grande liberdade, mas que tendem a trazer algum tipo de prejuízo, seja a nível físico ou energético, retirando a energia vital e causando variadíssimos distúrbios", descreve Carlos.

Como se proteger de um vampiro energético?

Para Marcia, a melhor maneira de combater esses ladrões de energia é manter uma atitude positiva diante da vida, mesmo quando as coisas não saem conforme o planejado. "Reclamar, xingar, conversar sobre assuntos ruins e agir de forma agressiva e odiosa são ações que abrem a frequência para drenar nossa energia. Quando estamos tristes ou pessimistas, acontece o mesmo. Portanto, precisamos moderar nossos pensamentos e comportamentos para nos blindarmos", pontua a terapeuta.

Usar pedras, principalmente cristais, ou objetos que remetam à proteção também ajudam a proteger, assim como entoar mantras ou fazer alguma oração que estabeleça uma conexão com algo maior. "Caso não tenha um amuleto e perceba que está diante de um vampiro, trace mentalmente um quadrado em volta dessa pessoa para que ela não te atinja energeticamente", diz a parapsicóloga Adriana.

Em casa, tome um banho com sal grosso e ervas, lavando o corpo do pescoço para baixo, para limpar o baixo astral e resgatar o equilíbrio. "É importante dizer que existe uma cumplicidade entre o vampiro energético e aquele que permite ser vampirizado. Como todo e qualquer vampiro, ele só entra 'na sua casa', quando você o convida para entrar. Portanto, observe atentamente com quem convive e como reage a essas pessoas", pondera Carlos Florêncio.