Casamentos homoafetivos aumentam 10% em 2017, revela IBGE

Em 2017, o Brasil registrou 1.070.376 casamentos civis, com redução de 2,3% em relação a 2016. Os casamentos homoafetivos, no entanto, tiveram aumento de 10% entre 2016 e 2017, passando de 5.354 para 5.887 e representando 0,5% do total de casamentos registrados em 2017. As conclusões são das Estatísticas do Registro Civil 2017, divulgadas nesta quarta (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Ainda em relação a 2016, o número de registros de casamentos apresentou redução em todas as Grandes Regiões, variando de 3,1% no Sudeste a 0,1% no Sul. Entre as Unidades da Federação, 18 apresentaram queda, a maior delas no Ceará, com redução de 12%. Por outro lado, o Amapá teve aumento de 11,1% no número de casamentos registrados.
Veja também
- A homossexualidade no mundo, entre a pena de morte e o casamento gay
- 10 famosos militares LGBT que entraram para a história humana
- "Somos alvo da limpeza de Bolsonaro": ameaçados, casais gays escondem afeto
A taxa de nupcialidade legal (número de casamentos em relação à população de 15 anos ou mais de idade) foi de 6,6 casamentos para cada mil habitantes no Brasil, com as taxas mais altas no Sudeste (7,5) e no Centro-Oeste (7,4).
Entre cônjuges solteiros de sexo diferentes, para o Brasil, os homens se uniram em média aos 30 anos de idade e, as mulheres, aos 28. Para as uniões homoafetivas, a idade média foi de cerca de 34 anos para os homens, e 33 para as mulheres.
Divórcios aumentam e casamentos duram menos
Em 2017, o Brasil registrou 373.216 divórcios, um aumento de 8,3% em relação a 2016 (quando foram registrados 344.526). A taxa geral de divórcio (número em relação à população de 20 anos ou mais de idade) aumentou de 2,38 divórcios para cada mil pessoas, em 2016, para 2,48 em 2017. A região Sudeste apresentou a maior taxa geral de divórcio (2,99%).
As idades médias na data do divórcio eram 43 anos para os homens e 40 anos para as mulheres. Entre 2007 e 2017, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio caiu de 17 para 14 anos. Analisando a variação entre as Unidades da Federação em 2007, esse tempo médio variou entre 16 e 21 anos. Para 2017, o intervalo observado variou entre 11 e 18 anos de duração.
De acordo com o tipo de arranjo familiar, a maior proporção dos divórcios se deu entre famílias somente com filhos menores de idade (45,8%). O percentual de divórcios com guarda compartilhada dos filhos teve aumento significativo, passando de 16,9%, em 2016, para 20,9% em 2017, com o maior percentual região Sul (24,2%). Em 2014, essa proporção nacional era de 7,5%. As mulheres ainda predominam na responsabilidade da guarda dos filhos menores: em 2017, esse percentual atingiu o valor de 69,4%, apesar de inferior ao de 2016 (74,4%).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.