Mãe é bombardeada por anúncios de produtos infantis após bebê nascer morta

Uma mulher britânica escreveu uma carta aberta ao Facebook após ser bombardeada com anúncios de acessórios para bebês. Anna England Kerr deu à luz Clara em junho deste ano, mas a pequena nasceu morta. "Foram tantos anúncios que eu explodi em lágrimas".
Anna contou à BBC que tentou desativar as propagandas nas configurações da rede social, mas foi em vão. "Sabia que a mudança não seria de uma hora para a outra, mas esperava que quanto mais rápido atualizasse as configurações, menos tempo teria que conviver com as lembranças".
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"Fiquei um tempo afastada da rede social e, quando voltei, nada tinha mudado. Todos os anúncios que apareciam para mim eram de produtos para bebês". A britânica não quis abandonar de vez o Facebook porque encontrou nele grupos onde tentava confortar a dor da perda. "Por isso, instalei um bloqueador de anúncios, denunciei um por um, tentei de tudo. Não adiantou".
A última medida foi escrever uma carta aberta à rede social na semana de conscientização de perda de bebês. "Estava desesperada, não via outra saída. "Nenhuma palavra pode fazer justiça à dor, choque e desamparo que senti quando isso aconteceu. Meu marido e eu tivemos a sorte de receber atendimento e apoio, mas os anúncios que você apresenta só pioram a situação", diz um dos trechos da carta.
A BBC entrou em contato com o Facebook à procura de um posicionamento. Foi quando Anna recebeu uma ligação da vice-presidente do EMEA da empresa, Nicola Mendelsohn. A executiva se redimiu e explicou que havia um problema na ferramenta que oculta os anúncios.
"Descobrimos um bug e um problema com nossos modelos de aprendizado de máquina no recurso Ocultar tópicos do anúncio. Já foi corrigido, mas vamos continuar aprimorando nossos modelos de máquina que detectam e impedem anúncios". Anna ainda não viu mudanças, mas a empresa garante que os resultados serão visíveis em breve.
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