Brasil é o país latino com menor representatividade feminina no Legislativo
Vinte e oito anos de atraso: esta é a defasagem entre a realidade das mulheres no Legislativo no Brasil e no resto do mundo, de acordo com o "Ranking Sobre a Participação Feminina no Poder Executivo", levantado e divulgado na última quarta, 28, pelo Projeto Mulheres Inspiradoras.
Em 2018, o Congresso Nacional conta com 9,5% de mulheres parlamentares — um número compatível com a média internacional de 1990.
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A participação das mulheres na política no Brasil, no entanto, cresceu 87% entre 1990 e 2016 — cerca de 6% acima da média mundial. No entanto, a igualdade de gêneros ainda é uma realidade distante na Câmara e no Senado: ela só deve ser alcançada em 2080, se o atual ritmo de desenvolvimento se mantiver.
O índice de representatividade feminina na política brasileira é o menor da América Latina e tem níveis próximos aos dos países do Oriente Médio e do Norte da África, aponta a pesquisa. Entre as candidatas a deputadas federais, estaduais e vereadoras na última eleição, a média de não eleitas está acima de 90%. O estado em que as candidatas a deputadas tiveram melhor performance foi Sergipe, com 8% dos votos válidos.
20,38% das mulheres que disputaram cargos de vereadoras na Região Nordeste tiveram 0 votos em 2016 e mais de 40% das mulheres que se candidataram ao legislativo municipal nos Estados da Bahia, Ceará Paraíba e Alagoas tiveram menos 10 votos nominais cada. Em média, 95% das mulheres que se candidataram a vereadoras não foram eleitas em 2016.
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