Saber separar amor e sexo pode melhorar a sua vida e seus relacionamentos

Juntos, amor e sexo formam uma combinação incrível. Quando separados, porém, também oferecem uma gama de possibilidades bem enriquecedoras, como descobrir mais sobre o próprio prazer e abrir mão de expectativas e mitos românticos. Veja 8 razões pelas quais é importante encarar o sexo e o amor como experiências que podem –e devem– ser vividas de maneira separada:
1. Qualquer combinação é válida
O amor é a sustentação que mantém a relação de pé, mesmo quando o casal atravessa uma fase de “seca sexual”, seja qual for o motivo. E amor sem sexo é uma combinação que existe, sim, e que funciona para muita gente --a assexualidade ilustra muito bem isso, assim como os casamentos duradouros pautados na amizade.
Veja também:
- 9 comportamentos desnecessários em relacionamentos maduros
- Traição pode fazer bem para o seu relacionamento; duvida? A gente prova
- Eleve o nível! Dicas para se tornar especialista em sexo oral
2. Autoconhecimento é importante
Esperar um amor verdadeiro para se entregar sexualmente ou voltar a ter vida sexual ativa pode limitar a vida de qualquer pessoa, que deixa de viver experiências que podem permitir um maior autoconhecimento –e, assim, descobrir o que gosta ou não e até se preparar melhor para dar e receber prazer em relações futuras.
3. Emoções são distintas
Somente buscar sexo associado ao amor pode ser frustrante, pois outras emoções podem surgir e atrapalhar o sexo através das dificuldades de relacionamento do casal, mesmo existindo afeto genuíno.
4. Adeus, idealizações
O amor é pautado em idealizações e expectativas em relação ao par. É comum que as pessoas esperem do outro o que elas gostariam de receber –um prato cheio para a frustração. Muitas vezes o que se sente por alguém é puro tesão, e o desejo acaba massacrado porque não vem acompanhado de nenhum sentimento mais “fofo”. Só que, mesmo numa relação amorosa, o sexo precisa ser livre e desimpedido para fluir bem, nunca mecânico ou engessado.
5. Simbiose pode ser sufocante
O conceito de amor romântico cria mitos como “almas gêmeas” e casais que, quando se formam, os dois passam a ser um só. Isso cria uma confusão danada nas pessoas, principalmente nas que receberam uma educação mais conservadora, pois, se o sexo também é uma fusão, então o “certo” seria que acompanhasse sempre o amor. Esse conceito de simbiose, porém, é sufocante e aprisionador, pois limita tanto o desejo quanto a escolha amorosa.
6. Mito ultrapassado
“Quem ama não sente tesão por mais ninguém” é outro mito comum ligado ao amor romântico. Os seres humanos são dotados de hormônios, necessidades e anseios e, portanto, é comum que sintam atração por outras pessoas, mesmo que tentem evitar isso. Agora, concretizar esses desejos é uma escolha que deve caber a cada um, independentemente se vêm acompanhados ou não de outros sentimentos.
7. Prazer individualista
Quando o sexo não inclui envolvimento afetivo, é possível ter um comportamento mais “individualista” (no bom sentido, sem conotação de egoísmo). Sai de cena a preocupação extrema com o prazer do outro –e em atender as expectativas do par– e atenção fica 100% voltada para o próprio corpo e as próprias necessidades e sensações. Para várias pessoas, o fato de não ligar tanto para o julgamento de quem está ali ao lado na cama permite dar vazão a certas fantasias.
8. Liberdade de escolha
É importante considerar que não existe uma fórmula que sirva para todos. Existem relacionamentos monogâmicos, casuais, poliamorosos, abertos... Enfim, uma gama de variações que vêm modificando a maneira de a sociedade encarar o amor e o sexo.
A própria existência desses outros formatos de relacionamento revela mudanças de mentalidades e a distinção entre amor e sexo, assim como transformações na concepção de conceitos como a monogamia e as configurações familiares. É preciso refletir sobre tais mudanças e aprender a respeitar as escolhas individuais. Amor e sexo são diferentes, mas podem ser vividos e experimentados juntos ou não.
FONTES:
Breno Rosostolato, psicólogo e educador sexual, de São Paulo (SP); Carlos Eduardo Carrion, psiquiatra especializado em sexualidade, de Porto Alegre (RS), e Oswaldo Martins Rodrigues Jr., psicólogo, terapeuta sexual e diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade Humana)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.