Aos 50 anos, ela faz cosplay e arrasa com caracterizações caprichadas

Quem acha que mundo da fantasia é só para crianças e adolescentes, Solange Amorim do Nascimento prova que não é nada disso. Há três anos, a dona de casa de Manaus se apaixonou pelo mundo do cosplay e hoje incorpora personagens com perfeição.

"Já frequentava os eventos levando minha filha, Jéssyca Cosplay, de 19 anos. Um dia, conversando com uma amiga, ela me fez um desafio, disse que eu não teria coragem. Não falei mais nada, fui atrás de um personagem, procurei uma costureira boa e fui ao evento como a vovó do Piu Piu. Ela perdeu a aposta e teve que pagar a costureira para mim", lembra.

A partir daí, "Tia Sol" se animou e é figurinha fácil nos eventos de cosplay não só de Manaus, como de outras cidades. "Já ganhei várias medalhas em desfiles e participei de um campeonato chamado CCM (Circuito Cosplay Manaus). Tirei em segundo lugar, o que me deu a passagem para São Paulo", diz.

Cosplay é estilo de vida

Para ela, cosplay é muito mais do que um hobby. "É uma maneira de me divertir, deixar por algumas horas os problemas do dia a dia, e poder embarcar no mundo de faz de conta, onde tudo é permitido", diz.

O processo de composição dos personagens é cuidadoso. "Quando escolho um personagem, já saio atrás de encomendar perucas, ver tecidos, costureira e acessórios, pois gosto de chegar ao máximo igual ao personagem. Para me caracterizar, gasto mais ou menos duas horas, pois tem a maquiagem", lembra.

A quem ainda precisa de um incentivo para entrar na brincadeira, Tia Sol dá a dica: “Não se deixe abalar por críticas. Se tiver vontade de fazer, vá em frente”, afirma.

"Quem dera que outras pessoas com a minha idade tivesse a coragem de se aventurar, de ser feliz como eu sou. Eu não me sinto velha. Velho é o mundo e eu na frente dele me sinto uma criança", conclui.