Forros decorados podem transformar sua casa; saiba como investir
Antigamente, os forros eram mais rebuscados e decorados com molduras e pinturas. O tempo e a necessidade de visuais mais “limpos”, práticos e baratos de se manter foram eliminando os detalhes das coberturas, o que fez a decoração menos cansativa.
Porém, é cada vez mais comum ver forros - especialmente nas mostras de decoração - ganhando elementos decorativos elaborados, papéis de parede ou tecido e, até mesmo, materiais inusitados. Aderir a essa moda pode garantir uma transformação à sua sala, mas é necessário tomar alguns cuidados, para que esta mudança seja para melhor. O primeiro deles é pensar com frieza sobre a ornamentação, pois "durante a vida útil do espaço é difícil mudar o teto", alerta a arquiteta Selma de Sá.
Ao decorar a cobertura, tenha em mente que a ornamentação tende a durar cerca de dez anos, pois qualquer tipo de interferência nessa parte do ambiente é trabalhosa, demanda o uso de andaimes e faz bastante sujeira.
Antes de arrancar o gesso e trocar a cor do revestimento, também leve em consideração o estilo geral do ambiente. Lembre-se que o teto faz parte da ambientação e, para evitar erros, a dica é buscar certa neutralidade, a fim de possibilitar mudanças menores na decoração ao longo do tempo. Modismos caem em desuso e, acredite, dá trabalho reformar o teto.
Curingas e alternativas
O gesso é o grande trunfo quando se trata de dar acabamento ao forro. O elemento pode ser aplicado em todos os ambientes da casa e criar sancas, rasgos e juntas. Super versátil, em geral, pode estruturar os nichos para os sistemas de iluminação, áudio e vídeo e, ainda, acoplar cortineiros. E caso haja o desejo de mudar o espaço, basta alterar ou – simplesmente - desligar o sistema de luzes ou pintar o gesso de outra cor.
Porém, é importante prever a aplicação de sancas e cortes ainda na fase de projeto. Segundo a diretora da empresa de iluminação La Lampe, Alessandra Friedmann, tais elementos requerem um preparo antecipado e simulações de uso, para evitar que a fonte luminosa seja visível de algum ponto ou que não se difunda homogeneamente pelo ambiente.
Uma nova alternativa é o sistema de tecido tensionado que dá o mesmo resultado que o gesso, permitindo que caixas, projetores e luminárias sejam embutidos sem sujeira, afirma Sá.
O papel é uma opção de acabamento para o teto, mas o ideal é que o padrão seja especificado pontualmente em espaços menores, como varandas, quartos, halls ou em uma pequena parte da sala. Se a intenção é colocar estampas no forro, a arquiteta recomenda os adamascados em cores únicas, para que a atenção não seja atraída apenas para esse elemento no espaço.
No caso da aplicação de papéis, a manutenção é maior se houver uso das lâmpadas halógenas e/ou incandescentes, que esquentam mais. Isso porque o calor faz a cola ressecar e o revestimento se soltar da superfície, exigindo reparos, muitas vezes trabalhosos.
“Aconchegantes” e acústicos
Revestir o forro com madeira é um pouco mais complicado do que aplicar o gesso, pois o elemento "precisa ser lixado e pintado", resume a arquiteta Selma de Sá. O uso é mais comum em casas de praia ou campo, onde as tesouras do telhado são mantidas à vista e os painéis tomam a forma de lambris, recobrindo as telhas.
Em projetos urbanos, a madeira aparece em proposta mais elaboradas de marcenaria, como os pórticos que demarcam um ambiente começando da parede e terminando na forma de forro em uma parte do teto (veja a foto no topo do texto).
Se o intento é explorar apenas o teto, sem grandes interferências, além da tradicional pintura e do papel, as molduras são bem-vindas. Elas devem ter espessura proporcional ao tamanho do ambiente. Quanto maior o espaço, mais larga precisa ser a moldura (que pode ser feita de materiais diversos como gesso e madeira).
Os forros acústicos, que em geral, são mais usados em home theaters, pois contribuem para a boa propagação do som dentro do ambiente e isolamento sonoro do restante da casa. Aplicados diretamente sob o teto, sem muita complicação, atuam como fatores de diferenciação da decoração devido a seus vários modelos.
Combinando o teto à iluminação
É necessário iluminar o teto, em duas situações, diz Alessandra Friedmann, quando se deseja uma luz geral indireta usando o forro como rebatedor da luz – ou para complementar a iluminação com luz geral em áreas com poucas paredes – e quando a cobertura tem interesse decorativo, para que possa ser vista e admirada mesmo à noite.
De modo geral, as luminárias ideais para cada tipo de ambiente devem seguir duas premissas: se adequar esteticamente ao projeto decorativo e, sobretudo, distribuir bem a luz. Dessa forma, como ponto principal do projeto luminotécnico, opte por uma fonte mais forte que mantenha uma boa reprodução de cor e que seja facilmente dimerizável.
Se o teto for colorido ou coberto por revestimentos, Friedmann recomenda que a distância entre a fonte de luz e a superfície do forro seja observada, já que as lâmpadas que emitem calor podem danificar e descolorir papéis, tecidos e tintas. Se o teto for brilhante ou espelhado, observe e evite os reflexos causados pela lâmpada antes da instalação final.
Se possível, evite forros escuros, pois eles não refletem luz, o que demanda maior gasto de energia. E, como o tom do teto prropaga a luz para todo o ambiente, escolha cores que sejam agradáveis para o usuário. Esse cuidado vai garantir um visual mais leve para sua casa.
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