Grama verdinha: como evitar e tratar as doenças dos gramados
Um gramado denso, uniforme e saudável é item essencial em projetos de paisagismo. Só que manter a grama nessas condições nem sempre é tarefa fácil. Apesar da manutenção periódica e do plantio adequados, há uma série de doenças e pragas capazes de colocar em risco a beleza desses tapetes verdes. Por isso, vale à pena ficar atento aos primeiros sinais de que algo anda errado: dificuldade de crescimento, manchas e folhagem amarela ou queimada são os principais sintomas.
“De forma geral, as doenças tornam-se mais severas quando atingem gramados mal nutridos, com excesso de umidade e podas muito baixas”, comenta Vâner Silva, presidente da EcoJardim. Porém, Silva lembra que cortes muito frequentes tendem a esgotar as reservas nutritivas da grama, deixando-a fraca. “O recomendável é não fazer a poda com o gramado muito alto para não machucar as folhas e nem criar pontos falhos, tornando a planta ainda mais vulnerável”, completa.
Gramas classificadas como de clima quente, tendem a ser mais suscetíveis às doenças. Enquadram-se nesse grupo espécies como a santo agostinho (Stenotaphrum secundatum), a bermuda (Cynodon spp.) a bahia ou batatais (Paspalum notatum) e a são carlos (Axonopus compressus).
De toda forma, o engenheiro agrônomo Mauricio Ercoli Zanon, da Itograss (www.itograss.com.br), indica que o grau de vulnerabilidade de um gramado tem forte relação com as condições de manejo (adubação, irrigação e poda) e também de implantação (preparo de solo e descompactação). Por isso, a melhor forma de manter a cobertura verde longe de patologias é assegurar o equilíbrio, especialmente, em relação aos adubos nitrogenados e à irrigação. “A utilização de adubações e irrigação com técnica apropriada pode prevenir ou diminuir o risco de adoecimento”, afirma Zanon, exemplificando que o excesso de nitrogênio e de irrigação favorece o aparecimento da rizoctonia.
A grama adoeceu, o que fazer?
Ações corretivas podem ser adotadas para recuperar uma relva doente e/ou manter o nível do ataque de pragas sob controle. A solução vai depender do tipo e extensão do dano causado à planta, bem como das condições ambientais. “Fungicidas naturais costumam apresentar bom resultado quando indicados e aplicados corretamente, porém costumam demorar mais para fazer efeito que os sintéticos”, revela Vâner Silva.
Há, também, os controles biológicos que - em muitos casos - podem surtir resultados positivos sobre as áreas afetadas, sem causar danos ambientais. Para o controle de ervas daninhas, a redução da infestação pode ser feita com a remoção mecânica ou através do combate químico, com a aplicação de herbicidas. Nesse último caso, em função dos riscos, é importante que o tratamento siga sempre as orientações de um especialista. “Vale lembrar que, para os gramados residenciais, não existe legislação que permita a utilização de defensivos”, finaliza Zanon.
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