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O "efeito Gisele" nos bastidores da moda

Gisele em sua primeira entrada no desfile da Colcci - Alexandre Schneider/UOL
Gisele em sua primeira entrada no desfile da Colcci
Imagem: Alexandre Schneider/UOL

ROGÉRIO CANELLA<br>Do Rio, especial para o UOL

19/01/2007 22h28

Último dia, último desfile e a mais importante modelo brasileira da época das supermodelos vai dar o ar da graça.



Pode parecer pouco ou uma bobagem, mas altera a rotina daqueles que, como eu, alimentam os sites e publicações com as imagens das moças.



A "coisa" já começa no dia anterior ao desfile: "E aí, que horas você vai chegar amanhã?" Pergunta nada fácil de responder já que quanto mais se aproxima a hora do desfile, mais a sala de imprensa fica cheia.



A fila para o pit, lugar onde se posicionam os fotógrafos, aparece pela primeira vez, depois de 26 desfiles, quando chegar até lá era um passeio.



O dia é de Gisele. Os fotógrafos de agências, que estavam sumidos na cola do Chávez e do Chapolin, digo Morales, chegam com suas lentes. Fotógrafos de jornais que têm as Redações aqui no Rio tiram par ou ímpar para ver quem "faz" a Gisele.



Até a grife, coitada, ninguém ou quase ninguém chama pelo nome. É o "Desfile da Gisele".



Na sala de desfile, abarrotada com várias pessoas e suas câmeras digitais, todos prendem a respiração e vibram como se fosse um gol, ou quase, quando a musa finalmente entra em cena.



Cada passo é acompanhado por centenas de olhares atentos. Ela é diferente. É igual a um craque destes que a gente vê que toca diferente na bola, mesmo sem saber nada de futebol. Ela chega até a ponta da passarela e os disparos das câmeras no modo "high" - que permite quase dez chapas em um segundo - soam em uníssono.



A moça faz o pivô e retorna rebolante para sua troca de roupas. Os olhares continuam nela e a modelo que vem em seguida quase passa despercebida.



A musa faz mais duas entradas, mas assim como outros tenho que sair correndo da sala com o cartão de memória e o primeiro look registrado para transmitir as fotos e mostrar para o mundo. Afinal é esta a dimensão da deusa. As caras e bocas e trejeitos que um certo astro de cinema que já afundou um transatlântico conhece de cor.





(Rogério Canella é fotógrafo e editor de fotografia)

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