Hospital alemão cria terapia para viciados em compras
Um hospital universitário alemão anunciou ter desenvolvido uma terapia bem sucedida para tratar pessoas viciadas em fazer compras.
Segundo o hospital da Universidade de Erlangen, no sudoeste da Alemanha, quase metade de um grupo de 60 pacientes tratados conseguiu controlar a compulsão excessiva para compras, mesmo seis meses após o fim do tratamento.
Foram tratados no hospital 51 mulheres e nove homens entre 20 e 61 anos. Todos eles sofriam de oneomania (mania de comprar), a doença se caracteriza pela compulsão em comprar coisas desnecessárias em excesso e até repetidamente.
O ato de adquirir as mercadorias é acompanhado, então, de forte excitamento e sensação de felicidade, transformando-se, geralmente, em posterior arrependimento. O mal atinge, segundo sondagens, até um entre 12 cidadãos alemães.
Terapia
Durante a terapia, os participantes se reuniram em grupos semanalmente, para analisar seus comportamentos de consumo e trocar experiências entre si e com os terapeutas. As sessões, com duração de 90 minutos, foram realizadas durante 12 semanas.
"Analisamos os acessos de compras dos pacientes como que através de um microscópio", diz a psicóloga Astrid Müller, diretora do projeto, inédito na Europa.
De acordo com a terapeuta, esse "consumo patológico" é, na maioria das vezes, acompanhado por outros problemas psíquicos, como depressão, ataque de ansiedade, alcoolismo ou disfunção alimentar.
"Embora entre 6% e 8% dos alemães tenham forte propensão à compra compulsória, o problema continua a ser ignorado", diz Müller.
"Reorientação"
Estratégias individualmente elaboradas ou mudanças de hábitos, como leitura ou encontros com amigos, podem ajudar a evitar a compulsão para comprar, de acordo com a psicóloga.
"Mas o pensamento nas compras geralmente não pode ser esquecido", afirma a diretora do estudo. Por isso, não é possível se falar em uma cura para a ânsia de consumir e sim em uma reorientação para as reais necessidades dos pacientes.
O importante, diz a psicóloga, é que a pessoa faça um protocolo de compras que ajude no autocontrole. Muitas vezes os pacientes têm que reaprender a lidar com dinheiro.
Estudos demonstram que o vício afeta pessoas sem distinção de classe social ou faixa de renda. Jovens parecem ser mais passíveis que os mais velhos, e mulheres mais que homens.
A compra compulsiva é conhecida desde o início do século passado, tendo sido descrita em 1909 pelo psiquiatra alemão Emil Kraeplin, que associou o mal a um grupo de distúrbios compulsivos incluindo a cleptomania (mania de furto) e a piromania (mania de brincar com fogos).
Até hoje, os poucos estudos controlados para tratamento da doença com medicamentos (antidepressivos, por exemplo) não tiveram sucesso comprovado.
Segundo o hospital da Universidade de Erlangen, no sudoeste da Alemanha, quase metade de um grupo de 60 pacientes tratados conseguiu controlar a compulsão excessiva para compras, mesmo seis meses após o fim do tratamento.
Foram tratados no hospital 51 mulheres e nove homens entre 20 e 61 anos. Todos eles sofriam de oneomania (mania de comprar), a doença se caracteriza pela compulsão em comprar coisas desnecessárias em excesso e até repetidamente.
O ato de adquirir as mercadorias é acompanhado, então, de forte excitamento e sensação de felicidade, transformando-se, geralmente, em posterior arrependimento. O mal atinge, segundo sondagens, até um entre 12 cidadãos alemães.
Terapia
Durante a terapia, os participantes se reuniram em grupos semanalmente, para analisar seus comportamentos de consumo e trocar experiências entre si e com os terapeutas. As sessões, com duração de 90 minutos, foram realizadas durante 12 semanas.
"Analisamos os acessos de compras dos pacientes como que através de um microscópio", diz a psicóloga Astrid Müller, diretora do projeto, inédito na Europa.
De acordo com a terapeuta, esse "consumo patológico" é, na maioria das vezes, acompanhado por outros problemas psíquicos, como depressão, ataque de ansiedade, alcoolismo ou disfunção alimentar.
"Embora entre 6% e 8% dos alemães tenham forte propensão à compra compulsória, o problema continua a ser ignorado", diz Müller.
"Reorientação"
Estratégias individualmente elaboradas ou mudanças de hábitos, como leitura ou encontros com amigos, podem ajudar a evitar a compulsão para comprar, de acordo com a psicóloga.
"Mas o pensamento nas compras geralmente não pode ser esquecido", afirma a diretora do estudo. Por isso, não é possível se falar em uma cura para a ânsia de consumir e sim em uma reorientação para as reais necessidades dos pacientes.
O importante, diz a psicóloga, é que a pessoa faça um protocolo de compras que ajude no autocontrole. Muitas vezes os pacientes têm que reaprender a lidar com dinheiro.
Estudos demonstram que o vício afeta pessoas sem distinção de classe social ou faixa de renda. Jovens parecem ser mais passíveis que os mais velhos, e mulheres mais que homens.
A compra compulsiva é conhecida desde o início do século passado, tendo sido descrita em 1909 pelo psiquiatra alemão Emil Kraeplin, que associou o mal a um grupo de distúrbios compulsivos incluindo a cleptomania (mania de furto) e a piromania (mania de brincar com fogos).
Até hoje, os poucos estudos controlados para tratamento da doença com medicamentos (antidepressivos, por exemplo) não tiveram sucesso comprovado.
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