Gina Haspel se torna primeira mulher a dirigir a CIA
Gina Haspel, de 61 anos, tornou-se formalmente nesta segunda-feira (21) a primeira mulher a dirigir a Agência Central de Inteligência (CIA).
Funcionária de mais de 30 anos de carreira na agência, Gina atuava como diretora interina, no lugar de Mike Pompeo, que assumiu o Departamento de Estado.
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O processo de confirmação de Gina Haspel no Senado deflagrou enorme polêmica por sua relação com o uso de brutais métodos de tortura por parte da CIA há uma década.
"Estou apoiada nos ombros de heroínas que nunca buscaram o reconhecimento público, mas serviram como inspiração para as que vieram depois", disse Haspel na cerimônia de posse na sede da CIA.
De acordo com a nova diretora da CIA, "gerações" de agentes "desafiaram estereótipos, romperam e abriram portas para o resto de nós".
Ela estava rodeada pelo presidente Donald Trump, por Pompeo e pelo vice-presidente Mike Pence, que lhe tomou o juramento.
Trump leu um breve discurso, no qual elogiou Haspel, a quem apresentou como uma pessoa "dura", mas sem fazer qualquer referência ao papel que ela desempenhou na chamada "guerra ao terror" por meio da aplicação de técnicas de tortura.
Durante a denominada "guerra ao terror", Gina Haspel era responsável por um centro clandestino de detenção administrado pela CIA e situado na Tailândia.
Sua audiência pública ao Comitê de Inteligência do Senado, em março, como parte de seu processo de confirmação, causou revolta entre os democratas e organizações de defesa dos direitos humanos. Nela, Gina se negou a condenar o uso de tortura e sequer aceitou considerar se sua aplicação era imoral.
Haspel se referiu apenas a um "programa avançado de detenção e interrogatórios", nome formal com o qual a comunidade de Inteligência americana legalizou o uso dessas práticas brutais, posteriormente consideradas como tortura pelo próprio Senado.
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