Quer o manual? Ler as instruções evita prejuízos, quebras e chatices mil
Antes de ler este texto, responda com sinceridade: você sempre consulta o manual? Se respondeu "é, nem sempre", saiba que não está só. Muita gente tem esse mesmo hábito e "sai usando" sem sequer abrir o caderninho, passar os olhos pelo rótulo e ler a etiqueta da roupa. Às vezes dá certo, mas o risco de enfrentar um perrengue ou passar por algum apuro é grande. O UOL listou sete experiências com desfechos fatídicos, que poderiam ter sido evitados se não ignorássemos a recomendação "leia as instruções antes de usar".
#deuruim
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Lavadora 'entupida'
"Recentemente minha máquina de lavar roupas estragou. Assim, de repente, simplesmente parou de funcionar. Fui à procura do manual, que nessas horas sempre está escondido em algum canto inacessível. Fiz as manobras que ele indicava, mas não houve escapatória, liguei para a manutenção. O técnico veio, examinou o equipamento e 30 minutos depois me trouxe a solução: não era nada mais do que pedrinhas pequenas que bloquearam a passagem da água no cano de descarga. Eu teria evitado todo esse transtorno se antes de colocar as roupas na lavadora, verificasse os bolsos com cautela, principalmente os das roupas das crianças, exatamente como recomenda o manual." - Daniela Correa, dona de casa e blogueira do Donas de Casa Anônimas.
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Piso 'enferrujado'
"Anos atrás, quando terminamos a reforma da nossa casa, compramos os produtos indicados pelo empreiteiro para a limpeza pós-obra. Para o piso da sala, deveríamos ter prestado atenção na diluição indicada pela fabricante. Ao invés disso, enchemos o balde de água e colocamos o produto lá dentro, a olho. Espalhamos no chão e esfregamos em seguida. E dá-lhe braço! Enxaguamos e... deu tudo errado! O revestimento perdeu toda a impermeabilização de fábrica e tornou-se poroso. Ele 'oxida' facilmente, ficando com aspecto 'enferrujado'. Depois dessa arte, a cada seis meses, precisamos lavar o piso com produtos de base ácida para remover a 'ferrugem' e, em seguida, aplicar uma seladora. Cansados dessa história, agora em junho, fizemos a troca do revestimento." - Simone Reganin, engenheira de produção.
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Tira-manchas que mancha mais
"Em um dos meus treinamentos, falando com uma cliente, descobri que ela colocava o removedor de manchas em pó diretamente sobre a sujeira e esfregava bastante. Ela reclamava que o produto não só não resolvia o problema, como, às vezes, piorava a situação. Mas a questão era que a moça não lia as informações contidas na embalagem do produto, porque no caso desse tira-manchas é preciso fazer a dissolução em água quente e só depois aplicar sobre o tecido." - Ana Afonso, personal organizer.
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Leiteira derretida
"Em 2000, eu comprei uma leiteira que apitava quando o leite fervia. Cheguei em casa toda feliz, porque não teria mais o problema de derramar o leite no fogão. Tirei da embalagem, liguei o fogo e, depois de alguns minutos, comecei a sentir um cheiro de queimado. Quando levantei a leiteira, o fundo tinha derretido e grudado na grade do fogão. Muito brava, fui reclamar com o vendedor. Ele me disse que eu deveria ter preenchido o fundo do utensílio com água, como estava explicado nas instruções que eu não li. Estraguei a 'panela' e não tive meu dinheiro restituído, porque fiz mau uso do produto. Moral da história: não consultei o manual e tive que arcar com o prejuízo." - Ana Ventura, pedagoga.
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Roupa 'azeda'
"As pessoas não leem as informações nos rótulos do sabão em pó ou do líquido e erram na quantidade e no tempo de molho da roupa. Uma cliente se queixou que as peças sempre cheiravam mal quando saíam da máquina e que, por isso, estava consumindo muito amaciante. O problema do mau odor é o tempo excessivo de molho, que não deve ultrapassar duas horas. Deixar a roupa muito tempo em água e sabão - ou mesmo de um dia para o outro - não potencializa a ação de limpeza e acaba fazendo com que a sujeira em suspensão na água, liberada pela ação do sabão, 'azede' e alimente as bactérias que causam o mal cheiro." - Ana Afonso, personal organizer.
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Faxina tóxica
"No meu primeiro ano de casada, nos mudamos para uma casa alugada e resolvi fazer uma faxina caprichada, especialmente no banheiro que estava uma lástima. Tinha manchas horríveis no vaso sanitário. Fui ao mercado e comprei um arsenal de produtos, entre eles, um limpador sanitário. Fiz como na propaganda da TV e o apliquei com generosidade até todo o interior do vaso estar colorido. Meu erro quase fatal foi não ler as recomendações do rótulo. Na tentativa de 'turbinar' a ação do produto, coloquei também cloro. Instantaneamente os dois produtos reagiram e uma fumaça branca começou a tomar conta do banheiro. O odor era tão forte e asfixiante que eu não consegui nem dar a descarga, corri e fechei a porta. Depois, com um pano tapando o rosto, consegui voltar lá e apertar a válvula. Os olhos lacrimejavam e o nariz ardia. Tive tonturas e dor de cabeça por algumas horas e fiquei sem olfato por alguns dias e isso porque fiquei apenas alguns segundos em contato com esses gases tóxicos. Só depois do ocorrido fui ler o rótulo que dizia: 'não misturar com outros produtos de limpeza, principalmente os que contenham cloro ou amoníaco. A mistura pode liberar gases tóxicos.'" - Renata Marques, dona de casa e blogueira do Donas de Casa Anônimas.
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Quem nunca?
"Já passei por um apuro. Lavei uma roupa de forma inadequada e houve transferência de cor de uma peça para outra. A blusa era do meu marido. Ela era listrada azul e branca. Resultado: a parte branca ficou rosa. Ainda bem que consegui salvar a blusa. Coloquei-a em água fervente por 30 minutos e ficou branquinha de novo. Por isso, é muito importante ler a etiqueta das roupas antes de ir jogando as peças na máquina." - Rafaela Oliveira, personal organizer.
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