Mães contam perrengues em busca de um aniversário perfeito para os filhos
Para que a festa de aniversário da criança saia perfeita, há pais que começam a planejar a comemoração com meses de antecedência. Afinal são muitos detalhes envolvidos –local, cardápio, decoração... Mas mesmo com toda a organização, ninguém está livre de imprevistos.
A seguir, cinco mães contam os problemas que tiveram de enfrentar para não estragar o dia mais esperado do ano pelas crianças.
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Larissa Sabrá, 28, mãe de Miguel, 3, e Valentina, 5
"Meus filhos fazem aniversário em datas próximas e decidimos, neste ano, fazer uma grande festa, reunindo a família e os amigos dos dois. Com um mês e meio de antecedência, encomendei os doces e cupcakes modelados, coloridos, cheios de detalhes, para serem os astros da mesa, já que a decoração seria mais clean, pois teríamos dois temas: 'Frozen' e 'A Era do Gelo'. No dia da festa, às 11h, recebi a notícia de que só seriam entregues meia dúzia dos 200 doces que eu havia encomendado. Fiquei nervosa, quis chorar, mas não me deixei abater. Também havia encomendado alguns macarons, liguei para a menina que estava fazendo e pedi a ela que montasse uma minitorre, na esperança de que ela conseguisse me socorrer com o que tivesse em seu ateliê, mas ela já estava a caminho para fazer a entrega. Liguei para mais três contatos de fornecedores e nada. Peguei o carro e corri para um depósito de doces. Alguma coisa eu conseguiria achar lá. Foi a salvação! Comprei todas as jujubas, balas, pirulitos, garrafinhas de água redondinhas, enfim, tudo para preencher o vazio que ia ficar na mesa por causa da ausência dos doces encomendados. Nas caixinhas personalizadas em que ficariam os brigadeiros, coloquei confeitos de chocolate. O pessoal da decoração abraçou a causa e fez uma mesa extra como se fosse de guloseimas, peguei os doces comuns que estavam incluídos no bufê e decorei em volta do bolo. Com tudo isso, cheguei 1h30 atrasada na festa dos meus filhos, mas valeu a pena a correria e o cansaço para vê-los sorrir." (na foto com o filho e o marido, Jamil)
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Fernanda Nascimento Prochmann, 39, mãe de Felipe, 5
"Para o aniversário de cinco anos do meu filho, contratei um decorador para fazer o tema 'Transformers'. Em março, quando fechamos o contrato, fiz o pagamento à vista, porque tinha um bom desconto, a festa seria em maio. Na semana do aniversário, resolvi ligar para a pessoa e saber se estava tudo certo. Não consegui falar. Uma das atendentes do bufê que eu havia contratado me perguntou quem faria a decoração. Quando disse quem era, ela me falou que o homem estava dando golpe em um monte de gente. Que até ia montar as festas, mas chegava atrasado e bêbado. Fiquei muito preocupada e fui com uma amiga até o escritório dele. Chegando lá, o lugar estava todo arrebentado, com contratos no chão e algumas peças de decoração espalhadas. Não havia ninguém no local. Perguntei no vizinho e ele me disse que já tinha passado um monte de gente lá perguntando pelo dono da empresa. No fim do dia, consegui falar com ele, que me disse que estava se separando da mulher, que ia deixar de fazer decoração, mas que cumpriria as festas. Não quis arriscar e pedi meu dinheiro de volta. Ele devolveu. Estava na semana do aniversário e não tinha quem fizesse a decoração. Acionei minhas amigas, perguntei no Facebook e consegui, mesmo tendo de pagar o dobro do que tinha pago. No fim das contas, consegui fazer a festa e meu filho adorou, mas foi muito estressante."
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Manu Medeiros, 31, mãe de Arthur, 3
"O primeiro aniversário do Arthur foi recheado de coisas boas e de surpresas ruins também. Sempre ouvi muitas pessoas relatarem imprevistos, mas jamais pensei que pudesse acontecer comigo. Fui extremamente cuidadosa na escolha dos fornecedores. Eu mesma fiz os doces, porque pensei que seria a parte mais problemática, mas, para minha surpresa, a confusão foi com os salgados. Escolhi um fornecedor que já tinha experimentado e confiei que estaria tudo ok, não provei nada na hora de buscar nem conferi a qualidade, apenas peguei o pacote e fui para a festa. Foram praticamente 800 salgados jogados fora, estavam impossíveis de comer. Pareciam ter sido fritos em óleo velho. As pessoas davam uma mordida e colocavam de lado. Foi desesperador. A festa foi regada a cachorro quente e a alguns salgados assados que tinha encomendado. Minha dica para quem está fazendo festa é a seguinte: mesmo que conheça o fornecedor, confira o produto na hora do recebimento, para não ter surpresas desagradáveis." (na foto com o filho e o marido, Cauê)
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Simone Soares da Silva, 31, mãe de Maria Eduarda, 2, e Bernard, 14
"Planejar festa infantil não é fácil, por isso começo sempre com meses de antecedência para que tudo saia do jeito que quero. Mesmo assim, no último aniversário da minha filha, a coisa saiu dos trilhos. Quando fui pesquisar rótulos, embalagens personalizadas e lembrancinhas, recebi várias indicações de uma fornecedora, clientes satisfeitos e mercadorias entregues no prazo. Encomendei, paguei 50% do valor e aguardei. Passados alguns meses, caiu a bomba, ela sumiu do Facebook, não atendia minhas ligações. Meu dinheiro não foi devolvido e fiquei no prejuízo. Só que os problemas não pararam aí. Para a festa, contratei um serviço de animação, com dois meses de antecedência. Com eles também pesquisei, me certifiquei dos clientes satisfeitos, verifiquei os vídeos das brincadeiras, as músicas, estava tudo certo. No dia da festa, quatro horas antes do início, a empresa me manda uma mensagem dizendo que eles não poderiam comparecer, sem nenhuma outra explicação. Era domingo, depois do Natal, seria impossível achar outra. Mesmo assim, não desisti e continuei procurando, até que achei uma pessoa disponível. Combinamos tudo, passei horário e local da festa, e fiquei mais tranquila. Só que a animadora não apareceu. Fiquei extremamente chateada, mas minha mãe, primas e tias fizeram diversas brincadeiras e as crianças se divertiram." (na foto com os filhos e o marido, Flavio)
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Sabrina M. Nakao, 32, mãe de Gabriel, 4, e de Giovanna e Gustavo, 2
"Em maio de 2012, fechei com um bufê em Moema, São Paulo, o aniversário de um ano do Gabriel, meu primeiro filho. Visitamos o local, gostamos e havia uma promoção para pagamento à vista. Pesquisamos no Reclame Aqui e não havia reclamações do estabelecimento. Pagamos R$ 7.000 pelo espaço, alimentação e decoração. Em julho, decidi ligar para a decoradora que era parceira da casa de festas para decidir o tema usaria na comemoração. A mulher me perguntou: 'Você não está sabendo? O bufê fechou, deu calote em todo mundo, estão devendo para mim também e as proprietárias sumiram'. Fui até o lugar e não consegui localizar ninguém. Na época, haviam tantos processos contra as donas do lugar, que um advogado nos orientou a esperar. Acabamos não indo atrás. Como isso aconteceu em julho, e o aniversário do meu filho era em dezembro, acabei escolhendo outro local e paguei apenas no dia da festa, tamanha era minha desconfiança." (na foto com os filhos e o marido, Leonardo)
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