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'Confio em você' e mais 12 frases que aumentam a autoestima dos filhos

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Colaboração para Universa

19/03/2020 04h00

Entre as "funções" dos pais, que pode ser estendida a avós, amigos e até educadores, está garantir o bom desenvolvimento emocional dos filhos. Isso é tão importante quanto o crescimento físico e pedagógico da turma mais nova.

Uma das maneiras de fazer isso é verbalizar palavras de apoio e incentivo, que refletem diretamente na formação da autoestima e da autoconfiança de crianças e adolescentes. Isso vale para diferentes idades e ocasiões. Aliás, na maioria das vezes, nem precisa acontecer algo para serem ditas.

A seguir, listamos algumas frases que deveriam ser repetidas com mais frequência, a fim de aumentar a autoestima dos filhos.

Fontes consultadas: Andrea Valente, psicóloga clínica e do serviço de inclusão da PUCPR, mestre em educação inclusiva; Bruno Mader, psicólogo do Hospital Pequeno Príncipe e mestre em Psicologia; Bruno Souza Soares, psicólogo escolar do Colégio Positivo; Priscila de Moraes, coordenadora pedagógica da Escola do Futuro; Sandra Tambara, psicóloga e coach; Thaís Ribas, psicóloga e coach infantil.

  • "Estou percebendo que está melhorando a cada dia"

    Tanto crianças quanto adolescentes se fortalecem ao terem os esforços reconhecidos. O fato de eles perceberem que o que fazem está valendo a pena e que a evolução está ocorrendo, a ponto de os pais perceberem, favorece a autoconfiança e a autoestima.

  • "Você consegue!"

    Para filhos de todas as idades, principalmente em momentos de insegurança e medo, saber que tem alguém que aposta e acredita na sua capacidade é essencial para superar os obstáculos e se sentir fortalecido. Acreditar na maturidade do filho é algo que faz diferença na criação dele, que se sente confiante para dar os próximos passos.

  • "Confio em você e estou aqui sempre que precisar"

    Falando nisso, para os adolescentes, que não ficam perto de adultos em tempo integral, demonstrar confiança é uma forma de trazê-los para perto, evitando julgamentos e oferecendo escuta e acolhimento. Desta maneira, ao mesmo tempo em que se sentem protegidos, se veem capazes de crescer e fazer escolhas por conta própria.

  • "Você é importante para mim"

    Pode parecer óbvio para pais e mães o quanto o filho é fundamental, mas nem sempre o pequeno percebe ou consegue interpretar isso, sobretudo em situações de broncas, regras rígidas e adultos que ficam muito tempo fora de casa em razão do trabalho. Por isso, é legal reforçar esse sentimento. Dizer "que bom te ver" ao pegar o filho no colégio, "que saudade que estava de você" depois de um tempo sem vê-lo ou "que legal que vamos passar esta tarde juntos" faz com que essa importância seja verbalizada, trazendo mais confiança para crianças e adolescentes.

  • "Que interessante isso que você pensou. Me conta mais?"

    Dos 3 aos 7 anos, quando as crianças estão expostas a novas descobertas diariamente e compartilham isso com os pais, é interessante que os adultos valorizem a tentativa delas de racionalizar, ou seja, o processo de pensamento. Ao conversar e se interessar pelas ideias ou mesmo devaneios infantis, os adultos mostram que essa é uma atitude que os pequenos devem repetir sempre, desenvolvendo a inteligência e a criatividade.

  • "É difícil, mas estarei do seu lado"

    Situações que, para os adultos, podem parecer banais ou sem grande importância, têm peso diferente para crianças e adolescentes. Em vez de minimizá-las, dizendo ?Não vai doer? (para a vacina que vem pela frente) ou ?É só mais um? (para o exame de língua estrangeira na escola), por exemplo, a melhor saída é adotar palavras de reconhecimento e apoio. Desta forma, os pais estão mostrando que são um porto seguro, mesmo que algo não saia como planejado.

  • "Você é o máximo! Tenho muito orgulho"

    Desde pequenos, lá pelos 2 anos de idade em diante, esse é um jeito de fazer com que a criança se sinta orgulhosa das suas conquistas. O reforço desse pensamento positivo, incutido no subconsciente dela, a torna mais forte e bem preparada para a vida

  • "Você é muito espertx!"

    Mais do que a frase, a maneira que ela é dita se mostra muito importante. Adjetivos no diminutivo (espertinho, lindinho etc) acabam ?diminuindo? a criança e devem ser evitados. Essa prática deve começar já cedo, ainda enquanto bebê - quando a chance de os adultos usarem os diminutivos é maior.

  • "Ter dificuldade não significa ser burro"

    É um comportamento típico de crianças por volta dos 10 anos se comparar a coleguinhas, questionando por que os outros conseguem fazer determinadas coisas que elas, não. Cabe aos pais fortalecerem a autoestima, mostrando que todas as pessoas têm habilidades diferentes, porque são pessoas também diferentes.

  • "Eu entendo que você esteja bravo"

    Diante da manifestação de raiva ou descontentamento com algo, bem comum até os 10 anos de idade, é interessante que os pais demonstrem que valorizam os sentimentos da criança. Da mesma forma, tais comentários ensinam os pequenos a nomearem o que sentem.

  • "Ganhar é dar o seu melhor"

    Como a vida é bem competitiva, é possível que até crianças tenham a autoestima abalada diante de derrotas pessoais, como na competição de natação. Os pais podem ajudar bastante mostrando que não se pode ganhar sempre. Mais que isso, devem lembrar que o fato de se esforçar já significa uma grande vitória. Desenvolver essa consciência ajuda a criança a mudar a perspectiva de sucesso e fracasso e ter uma boa relação com os próprios desafios e limitações.

  • "Eu te amo!"

    Outra obviedade? Sim. Mas vale ser incluída na lista de frases a serem repetidas mais e mais. Em qualquer idade, sentir que é amado e importante é como ter um porto seguro para recorrer nas alegrias e nas dificuldades. Isso fortalece a autoestima e a confiança da criança para escolher os caminhos a serem tomados na vida.

  • "Assim que terminar a lição, poderá brincar"

    Até mesmo comentários que parecem negativos podem refletir bastante no amor-próprio e na autoconfiança dos filhos. O segredo é priorizar o discurso afirmativo - ?assim que? em vez de ?se você? -no lugar das ameaças, que interferem na autoestima e na iniciativa da criança e do adolescente. Tal comentário é recomendado, principalmente, em situações de desobediência, conflitos com irmãos ou colegas.