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'Regulamentar IA é essencial', diz chefe da OpenAI, criadora do ChatGPT

Sam Altman, CEO da OpenAI, empresa desenvolvedora do ChatGPT, durante audiência no Capitólio dos EUA sobre inteligência artificial - Elizabeth Frantz/Reuters
Sam Altman, CEO da OpenAI, empresa desenvolvedora do ChatGPT, durante audiência no Capitólio dos EUA sobre inteligência artificial Imagem: Elizabeth Frantz/Reuters

Diane Bartz e Jeffrey Dastin

Em Washington

16/05/2023 12h37

A OpenAI, a startup por trás do ChatGPT, quer que os Estados Unidos considerem a obrigatoriedade de licenças para empresas desenvolverem inteligência artificial poderosa como a que sustenta seu chatbot, de acordo com os planos do presidente-executivo da empresa.

Em sua primeira aparição perante um painel do Congresso, Sam Altman deve defender os requisitos de licenciamento ou registro para inteligência artificial com certos recursos, mostra seu depoimento por escrito. Dessa forma, os Estados Unidos podem exigir que as empresas cumpram os padrões de segurança, por exemplo, testando sistemas antes de seu lançamento e publicando os resultados.

"A regulamentação da inteligência artificial é essencial", disse Altman nos comentários preparados vistos pela Reuters.

A Casa Branca convocou os principais presidentes-executivos de tecnologia, incluindo Altman, para abordar a tecnologia. Os parlamentares norte-americanos também estão buscando ações para promover os benefícios da tecnologia e a segurança nacional, ao mesmo tempo em que limitam seu uso indevido. O consenso está longe de ser definido.

Um funcionário da OpenAI propôs recentemente a criação de uma agência de licenciamento nos Estados Unidos para inteligência artificial, que poderá ser chamada de Escritório de Segurança de IA e Infraestrutura (Oasis).

Altman não comentou sobre a agência no depoimento por escrito, embora defendesse "um regime de governança flexível o suficiente para se adaptar a novos desenvolvimentos técnicos" e "atualizar regularmente os padrões de segurança apropriados".

Especialistas em tecnologia disseram que as licenças correm o risco de afastar empresas menores ou perder relevância se a inteligência artificial evoluir muito rapidamente, embora ajudem os Estado Unidos a focar na supervisão e proteger contra abusos.

A audiência de terça-feira marca um passo importante em direção à supervisão dos Estados Unidos, disseram líderes do subcomitê de Privacidade, Tecnologia e Direito do Comitê Judiciário.

"A inteligência artificial não é mais fantasia ou ficção científica. É real, e suas consequências tanto para o bem quanto para o mal são muito claras e presentes", disse o senador Richard Blumenthal, presidente do subcomitê.