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Ucranianos querem que Google, Amazon e outras empresas façam mais contra guerra

Paresh Dave e Jeffrey Dastin

Em Oakland, Califórnia (EUA)

02/03/2022 15h12

Ucranianos que trabalham em empresas de tecnologia ocidentais estão se unindo para derrubar sites de desinformação, fazer russos se voltarem contra seu governo e acelerar a entrega de suprimentos médicos.

Eles estão buscando persuadir empresas como a empresa de segurança na Internet Cloudflare, Google, da Alphabet, e Amazon a fazer mais para combater a invasão russa na Ucrânia.

O presidente da fabricante de software CloudLinux, Igor Seletskiy, pediu que a Cloudflare abandone sites de notícias russos. A Cloudflare dispensou alguns clientes por causa de sanções e começou a revisar contas sinalizadas no e-mail de Seletskiy, acrescentando que está agindo com cautela porque o corte de laços colocaria em risco a segurança de clientes.

No Google, empregados, incluindo centenas de descendentes de ucranianos, enviaram carta ao presidente-executivo, Sundar Pichai, pedindo que a gigante forneça mais ajuda à Ucrânia e modifique serviços, como mapas e ferramentas de publicidade.

O Google se recusou a comentar. Nos últimos dias, a empresa proibiu a mídia estatal russa de ferramentas de publicidade e aumentou as medidas de segurança para usuários na Ucrânia.

O grupo de ajuda humanitária Nova Ucrânia, com sede no Vale do Silício, pediu para a Amazon doar tempo de trabalho e fornecer suprimentos cruciais em seus aviões de carga e veículos que vão para países vizinhos, como a Polônia.

"Eles têm a escala que ninguém mais tem", disse Igor Markov, diretor da Nova Ucrânia e cientista de pesquisa tecnológica.

A Amazon se recusou a comentar. A empresa nesta semana disse que doaria até 10 milhões de dólares para organizações que prestam apoio na Ucrânia.