Relatos de dopagem em carros de app não são raros; veja como se proteger
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Os relatos de passageiras que sofreram tentativas de sequestro e estupro após serem dopadas em carros de aplicativos é uma constante nas redes sociais. As denúncias apontam dopping por spray, gás ou pano umedecido durante as viagens com motoristas de aplicativos.
Em maio de 2022, a empresária J.L., de 34 anos, denunciou um motorista que tentou drogá-la durante uma viagem no Rio de Janeiro.
A passageira começou a sentir uma pressão na cabeça e tontura após ouvir o barulho de um spray. Mas conseguiu deixar o carro a tempo após pedir para o motorista parar em um posto de combustíveis.
A cirurgiã-dentista L.N.*, 23 anos, também passou por uma situação parecida junto com três amigas, também no Rio de Janeiro. Ela contou que o motorista passou a borrifar um spray durante a viagem enquanto mudava as marchas.
Após perceber a atitude suspeita, ela orientou as amigas a abrir as janelas. O homem continuou a dispersar o produto, mas elas conseguiram chegar ao destino e a corrida foi finalizada.
Em outubro do mesmo ano, uma passageira alegou que um motorista também tentou dopá-la em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. O condutor ofereceu um produto que, supostamente, servia para desengordurar telas de celulares e óculos. Ela afirmou que começou a se sentir mal, mas conseguiu destravar a porta do veículo e sair.
Como se proteger?
A recomendação principal é que passageiras não aceitem qualquer tipo de produto químico, alimento ou outro serviço oferecido pelo condutor.
Caso perceba essa intenção, deve abrir a janela ou tentar descer do veículo. Pedir para o motorista parar é direito do consumidor.
A Polícia Militar também deve ser acionada, no telefone 190, ou é possível entrar em contato com o serviço de emergência dos próprios aplicativos. Os principais apps têm uma chamada de emergência para caso o passageiro precise.
No entanto, os cuidados começam antes de ingressar no veículo. É importante verificar se o nome do motorista e a placa do carro correspondem às informações fornecidas pelo app. Muitas plataformas também oferecem a opção de compartilhar a corrida e a opção de ligar para a polícia.
Também é importante que formalizar as denúncias com boletim de ocorrência. Só assim o Estado poderá punir o agressor.
Fontes: Matheus Herren Falivene, advogado e especialista em direito penal e direito penal econômico; Maria Luísa Dalla, especialista em segurança feminina.
*Com informações de matéria publicada em junho de 2022.
3 comentários
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Kleber Ferreira Klein
Lenda urbana, é impossível dopar alguém no banco traseiro com o motorista dirigindo o mesmo carro, inclusive ninguém conseguiu provar tais alegações saidas de vozes da cabeça de mulheres com uma imaginação muito fértil. Pura lenda urbana.
Claudio Bruel
Solução: voltar ao velho e mais responsável táxi. Menos na madrugada em São Paulo.
Paulo Roberto Santos Mineiro
O interessante é que são dois casos.. . apenas dois casos, quantas viagens ocorrem num dia no pais, num ano? ..... E quantos motoristas são roubados, humilhados, sequestrados.... A estatistica não bate! Até parece que as mulheres não sofrem assedio na faculdade, no trabalho.... E pior, quantos são os casos de "violencia Doméstica".... Acredito que deva haver outros assuntos mais interessantes que colocar medo nas pessoas e ofender determinada classe.