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Brinquedo atômico: kit com urânio era vendido para crianças em 1950

O Laboratório de Energia Atômica Gilbert U-238, vendido no início dos anos 1950 Imagem: Reprodução

Colaboração para Tilt

20/08/2023 04h00

Imagine crianças com um brinquedo radioativo. Pode parecer estranho, mas isso era comum em 1950. O kit Laboratório de Energia Atômica Gilbert U-238 ficou à venda por dois anos. Segundo o Museu da Radiação e Radioatividade, que fica nos EUA, o brinquedo não foi primeiro produto "atômico" para crianças, mas foi o kit mais elaborado já comercializado.

A fabricante produziu duas versões do brinquedo. O primeiro, lançado em 1950, vinha em um estojo bege. Já a segunda versão, mais comum, apareceu no catálogo de 1951 da Gilbert Toys, com uma caixa vermelha.

O kit vinha com quatro tipos de urânio, além de itens como um eletroscópio —usado para identificar a presença de carga elétrica em objetos — e um contador Geiger — que mede radiação. Não era possível fazer uma reação nuclear com o kit. Mas, ainda assim, os itens emitiam radiação.

Em 1952, o produto foi substituído por outro conjunto de energia atômica, que tinha menos urânio. Um dos motivos da substituição era o alto preço: na época, cada unidade do kit custava US$ 50.

Bala fazia referência à bomba

Além do laboratório, as crianças da época também tiveram acesso a outros brinquedos que faziam referência a elementos radioativos.

Entre 1960 e 1970, por exemplo, a Ferrara Pan, uma marca de Illinois, lançou uma bala chamada "Atomic Fire Ball". A caixa fazia referência à explosão de uma bomba atômica —duas foram lançadas em 1945, dando fim à Segunda Guerra Mundial.

Imagem: Reprodução

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