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Sukhoi Su-57: do que é capaz novo caça de última geração usado pela Rússia

Wikimedia Commons
Imagem: Wikimedia Commons

Colaboração para Tilt, do Rio de Janeiro

12/03/2022 10h16Atualizada em 14/03/2022 11h30

O avião de caça mais sofisticado da Rússia começou a ser usado na guerra contra a Ucrânia. Batizada de Sukhoi Su-57, a aeronave foi vista pela primeira vez em um ataque a uma ponte sobre o rio Teteriv na última semana. É a primeira vez que ela é usada numa guerra.

O caça de quinta geração possui de tecnologia furtiva e multifuncional — isto é, não pode ser detectado por radares.

Fabricado pela Rússia, ele é armado para destruir todos os tipos de alvos aéreos, terrestres e navais.

O Su-57 subiu aos céus para um voo de testes pela primeira vez em 29 de janeiro de 2010. Comparado aos antecessores, o caça combina as funções de um avião de ataque às de um jato de combate.

Além disso, o Sukhoi-57 foi testado em condições de combate pela primeira vez na Síria, numa demonstração realizada em 2018. As Forças Armadas da Rússia receberam seu primeiro caça do tipo pronto para conflitos em 2020.

Por usar materiais compósitos, formados pela união de outros materiais, o caça é capaz de voar em modo supercruzeiro — ou seja, em velocidade supersônica, mais rápido que a velocidade do som, sem usar recursos de pós-combustão.

Fora a Rússia, apenas China (J-20 e FC-31) e EUA (F-35 e F-22) produzem caças de quinta geração.

Drone a tiracolo

Além disso, um piloto desse caça coordenará as operações de quatro drones de ataque pesado Okhotnik, disse uma fonte da indústria de construção de aeronaves ao site internacional Tass.

O S-70 Okhotnik, desenvolvido pelo Sukhoi Design Bureau, também vem com tecnologia furtiva e design de asa voadora, mas sem cauda.

Segundo o site Taas, o drone pesa 20 toneladas, podendo chegar a uma velocidade de cerca de 1.000 km/h.

Em 27 de setembro de 2019, o Okhotnik realizou um voo junto com um caça Su-57 de quinta geração que durou mais de 30 minutos e alcançou de cerca de 1.600 metros de altitude.

Drone ucraniano "The Punisher" já teria atacado 60 alvos russos, segundo fabricante - Reprodução/UA-Dynamics - Reprodução/UA-Dynamics
Drone ucraniano "The Punisher" já teria atacado 60 alvos russos, segundo fabricante
Imagem: Reprodução/UA-Dynamics

Este drone é diferente do usado pelo exército da Ucrânia, o chamado "O Justiceiro" (no original, The Punisher, como o anti-herói dos quadrinhos), que até parece um aviãozinho de controle remoto — que carrega até 3 kg de explosivos em seus 2,3 m de envergadura.

Ágil, silencioso e indetectável por radares, ele já teria realizado 60 bombardeiros bem-sucedidos, de acordo com a fabricante, a empresa ucraniana UA-Dynamics.

"Esta é a maneira mais barata e fácil de fazer um ataque de longa distância, sem arriscar a vida de civis", disse o engenheiro da companhia Eugene Bulatsev ao jornal britânico The Times of London, sobre o drone.

O porta-voz da empresa disse que os principais alvos incluíram armazenamento de combustível e munição, estações de guerra e de sistemas antiaéreos. Ele não relevou maiores detalhes.

Ele pode voar longas distâncias, com autonomia de horas e com tecnologia stealth, que serve para que ele se desloque sem ser detectado por radares, a 400 m de altitude e 200 km/h de velocidade.

Ukraine unveils fearsome stealth 'Punisher' drones to rain death on Russian forces if Putin invades https://t.co/51cBTQpag2 pic.twitter.com/4JX3jTPWIB

-- Georgina (@Georgin17111550) February 16, 2022

Assim, é possível atingir alvos até 50 km atrás das linhas inimigas — basta as coordenadas para que a missão seja realizada automaticamente.

Câmeras em seu nariz são capazes de registrar o impacto e precisão das bombas, por exemplo.

O Justiceiro é escoltado por um drone menor, o Espectro (do original Spectre, que também é um herói dos quadrinhos). O segundo faz o reconhecimento do terreno e ajuda a identificar os alvos. Os explosivos podem ser lançados de uma vez, ou divididos em três ataques.

Depois, a dupla retorna à base, para ser recarregada para então voltar ao campo de batalha. Equipes de três pessoas, em um veículo, cuidam da operação com ajuda de controle remoto.

*Com informações de Aeromagazine e Folha de S. Paulo.