Após casos de assédio, metaverso do Facebook agora põe avatares em 'bolhas'

Após casos de assédio no Horizon Worlds, a plataforma de rede social em realidade virtual da Meta (empresa dona do Facebook), os avatares que interagem no metaverso agora terão uma espécie de "bolha de proteção" para impedir o contato com estranhos.

O recurso "Personal Boundary" (Barreira Pessoal), como é chamado, está sendo ativado por padrão no aplicativo Horizon Worlds e no serviço de eventos ao vivo do Horizon Venues, ambos ainda em fase de testes fora do Brasil.

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O recurso estabelece uma bolha invisível de quase um 1,5 metro entre avatares, impedindo que invadam o espaço pessoal um do outro. Caso alguém tente entrar no limite pessoal de outra pessoa, o sistema interromperá o movimento para frente quando atingir o limite.

Além disso, não haverá feedback tátil para quem acessa a plataforma com óculos de realidade virtual ou controles de videogame, o que significa que a pessoa não sentirá que "esbarrou" em algo se alguém tentar invadir seu espaço.

De acordo com a empresa, não será possível desabilitar o limite pessoal. No entanto, algumas mudanças no futuro poderão permitir que as pessoas personalizem o tamanho do raio.

Casos de assédio

Em dezembro do ano passado, uma mulher que testava o Horizon Worlds em fase beta descreveu ter sido apalpada por um estranho. "Assédio sexual não é brincadeira na internet comum, mas estar em realidade virtual adiciona outra camada que torna o evento mais intenso", escreveu ela no grupo oficial do aplicativo no Facebook.

Na época do ocorrido, a Meta disse que ela não havia aproveitado ao máximo dos recursos de segurança já construídos no Horizon Worlds, e afirmou que trabalharia para tornar essas ferramentas, como o botão de bloqueio, "trivialmente fáceis e encontráveis".