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Usada por extremistas, rede social Parler põe site no ar com mensagem

Hollie Adams (Getty Images)
Imagem: Hollie Adams (Getty Images)

Lucas Carvalho*

De Tilt, em São Paulo

18/01/2021 19h16

O presidente-executivo da rede social Parler, popular entre simpatizantes da extrema-direita norte-americana, mas que praticamente desapareceu após o ataque ao Capitólio, publicou uma breve mensagem no site da companhia, embora o aplicativo continue fora do ar.

Agora, o domínio da página é registrado pela empresa Epik, como mostra uma consulta ao protocolo WHOIS, que revela detalhes de domínios da internet.

A Epik é conhecida por hospedar conteúdo de direita e extrema-direita, como a rede social Gab e o site de notícias do teórico da conspiração Alex Jones, o Infowars. Também hospedou por um tempo o 8chan, fórum associado ao fomento do discurso de ódio e relacionado a atentados terroristas como o ocorrido na Nova Zelândia em março de 2019. Mas oficialmente, a Parler não admitiu que esteja usando os servidores da Epik.

"Olá mundo, o que está rolando?", escreveu John Matze em uma mensagem publicada no sábado (16), acima de uma nota em que a companhia afirma que vai ser restaurada após resolver os problemas.

"Agora parece o momento certo para lembrar a todos vocês —amantes e haters— por que começamos esta plataforma. Acreditamos que privacidade é fundamental e liberdade de expressão é essencial, especialmente nas redes sociais", diz a nota do site.

A Parler ficou conhecida por ser usada pelos apoiadores de Donald Trump que organizaram o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos no dia da ratificação da eleição de Joe Biden para o cargo de presidente. Mas a empresa nega que seja lar de extremistas.

Depois disso, a plataforma teve seus apps banidos das lojas do Android e do iOS e teve o site desligado pelo serviço de hospedagem da Amazon, o AWS (Amazon Web Services). As duas empresas agora enfrentam uma batalha judicial.

* Com agência Reuters