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Twitch: views despencam após greve mundial de streamers e fãs; entenda

Divulgação/Engadget
Imagem: Divulgação/Engadget

Amanda Fleure, do Start

Em São Paulo

03/09/2021 12h04

Após o Apagão da Twitch no Brasil, ocorrido em 23 de agosto, um movimento similar ocorreu no resto do mundo na última quarta-feira (1º). Com a hashtag "#ADayOffTwitch", streamers e espectadores boicotaram a plataforma por 24 horas para cobrar mais amparo aos criadores, que estão sofrendo assédio, racismo e preconceito. O impacto? Cerca de 1 milhão de horas a menos assistidas.

Segundo a empresa de análise de dados relacionados à comunidade gamer, a Gamesight, a audiência da Twitch caiu significativamente no dia da "greve". O gráfico abaixo, mediu o número de canais ativos (ao vivo) e as horas assistidas dos últimos nove dias (conforme o fuso horário americano):

Dados Twitch, ADayOffTwitch - Reprodução/Gamesight.io - Reprodução/Gamesight.io
Imagem: Reprodução/Gamesight.io

Na quarta (1º), a audiência teve um milhão a menos de horas assistidas e 14 mil canais a menos fazendo lives em comparação a semana anterior. Mas isso também teve influência da saída de dois populares streamers da Twitch, DrLupo e TimTheTatman, que assinaram contratos com o YouTube Gaming.

Além disso, a performance da plataforma também pode ter sido impactada pela volta às aulas nos Estados Unidos e pela feira digital de jogos Gamescom (que o START cobriu e você pode conferir as novidades nesse link). Segundo a Creator Hype, site de análise de dados de streaming, o movimento "A Day Off Twitch" poderá ganhar efeito "bola de neve" e se tornar maior.

Pra quê esse #ADayOffTwitch?

Twitch - Reprodução / Internet - Reprodução / Internet
Imagem: Reprodução / Internet

O movimento foi criado para chamar a atenção e cobrar respostas da plataforma para problemas de assédio e racismo nos canais. Streamers e fãs de todo o mundo presenciam em lives uma onda de "raids de ódio", com grupos extremistas atacando ao vivo os streamers com ameaças de morte, estupro, perseguição e outras ofensas.

Segundo o The Washington Post, raids de ódio cresceram nas últimas semanas, após a Twitch ter incluído novas palavras na lista de termos proibidos nas lives.

E o "Apagão na Twitch" no Brasil?

Twitch  - Divulgação/ABC - Divulgação/ABC
Imagem: Divulgação/ABC

A Twitch se posicionou após a grande repercussão do movimento Apagão da Twitch, que chamou streamers para uma greve de 24 horas sem lives na plataforma, no dia 23 de agosto.

Ao START, a empresa enviou o seguinte comunicado:

"Apoiamos os direitos de nossos streamers de se expressarem e chamarem a atenção para questões importantes em nosso serviço. Estamos ouvindo este feedback e continuaremos a trabalhar para fazer da Twitch o melhor serviço para os criadores de conteúdo criarem e promoverem suas comunidades"

O Apagão reivindica, principalmente, melhorias no repasse do dinheiro de inscrições feito pelos espectadores, já que:

  • Recentemente, a Twitch diminuiu o valor das inscrições do subs em canais da plataforma, passando de R$ 22,99 para R$ 7,99. Porém, isso afetou também a renda dos streamers, que caiu drasticamente.
  • Segundo dados da organização do Apagão da Twitch, que é composta por streamers, antes eles recebiam cerca de R$ 7,59 de uma inscrição. Com a mudança, esse valor caiu para cerca de R$ 2,50.

No podcast Game Trends explicamos melhor, e com mais detalhes, todo o contexto que levou a essa situação, a criação do Apagão dos Streamers em uma conversa com um representante do movimento, além do surgimento da União dos Streamers.

O START também fez uma reportagem com streamers atacados por essas raids, além de falar com a Twitch, confira:

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