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O que você precisa saber sobre musou, o gênero criado por Dynasty Warriors

Dynasty Warriors - Divulgação
Dynasty Warriors Imagem: Divulgação

Tiago Alcantara

Colaboração para o START

05/11/2020 04h00

Mesmo com mais de 20 milhões de cópias vendidas, é possível que Dynasty Warriors ainda seja um nome desconhecido para você. A série de games da Koei Tecmo tem lá seus fãs no ocidente, mas não é tão admirada quanto em terras nipônicas. Com ajuda de algumas franquias famosas, como The Legend of Zelda e Persona, porém, essa história pode mudar.

Confira a seguir uma parte dessa história e alguns games recomendados para se aprofundar no tema.

Dynasty quem?

Dynasty Warriors é uma série que popularizou um estilo bem específico de game: uma combinação de "hack 'n' slash" massivo, com protagonistas absurdamente poderosos e elementos de estratégia militar. A ideia é que o jogador se sinta controlando um grande herói ou capitão capaz de mudar o destino de um conflito. Tudo isso acontece em mapas fechados e com direito a golpes levemente espalhafatosos —o que fez esse tipo de jogo ser chamado de "musou", por conta dos ataques anunciados e nada discretos.

Por outro lado, engana-se quem acha que vai resolver tudo na base da força. Apesar de uma certa tendência para repetição nesses jogos, os mapas vão apresentando novos desafios ao longo das fases para simular alguns aspectos de uma batalha real. Afinal, por mais prazeroso que seja descer o sarrafo em um bando de peões, você precisa de um pouco de enredo, certo?

Em alguns casos, o objetivo é tomar uma quantidade de fortes do seu adversário no campo de batalha, em outros é necessário escoltar um personagem e seus companheiros até um lugar seguro. Além disso, por vezes, você precisa fazer as preparações certas antes de derrotar o chefe no final da fase.

20 anos e milhões de cópias depois

A franquia foi desenvolvida pela Omega Force, divisão da Koei Tecmo e tem inspiração no livro O Romance dos Três Reinos, obra histórica chinesa que conta a disputa de poder no gigante asiático por volta do século III. O primeiro game da série foi lançado em 1997, mas era um jogo de luta ainda sem as premissas básicas do que se tornaria o "nicho Warriors".

Os próprios desenvolvedores consideram Dynasty Warriors 2 o "verdadeiro" começo da série. Tanto é que o título dos jogos a partir do segundo levam um "Shin", algo como "verdadeiro" antes do nome japonês. Até fevereiro deste ano a franquia já havia vendido mais de 21 milhões de unidades, tornando-se a mais lucrativa da Koei.

Em duas décadas, a marca já lançou 9 jogos da sua marca principal, com uma porção de spin-offs, games para celulares e expansões do jogo base. A maioria delas acompanha personagens desse período histórico tentando unir a China, enquanto alguns focam nas histórias dos protagonistas.

Durante a Tokyo Game Show, em setembro, a marca anunciou a chegada de um novo capítulo, Dynasty Warriors 9, que deve ser lançado para a nova geração de consoles também.

Guerreiros do fan-service

Se Dynasty Warriors é focada em conflitos militares em uma versão da China medieval, a Koei Tecmo alcançou novos públicos com ajuda de outras franquias consagradas, como Samurai Warriors, The Legend of Zelda, Gundam e outras.

O pensamento é simples: o formato de gameplay é divertido para todos os níveis de jogadores. Assim, os enredos podem ser despretensiosos o suficiente para atrair os fãs só com a força da marca "convidada".

Por exemplo: colocar vários dos personagens amados de The Legend of Zelda em um grande "fan-service" gera uma arrecadação que os executivos japoneses (de Koei Tecmo e Nintendo) não podem ignorar. Listamos abaixo alguns dos crossovers mais conhecidos.

Dynasty Warriors: Gundam

Quem curte o estilo de conflitos com uma porção de inimigos na tela e a franquia de animes/mangás de robôs gigantes tem um prato cheio nas mãos. Dynasty Warriors: Gundam reúne os mechas e pilotos mais famosos da história da franquia em combates pela galáxia. O último lançamento o formato com a marca da Bandai Namco é de 2014 e se chama Dynasty Warriors: Gundam Reborn.

Persona 5 Scramble: The Phantom Strikers

Em Persona 5 Scramble o time da Omega Force se uniu ao P-Studio, da Atlus, para dar uma continuação ao JRPG lançado no ocidente em 2017. O título segue uma tendência recente desses crossovers de se tornarem parte canônica das franquias. Assim, Persona 5 Scramble acontece seis meses depois da história principal e promete incorporar algumas das mecânicas mais marcantes do RPG principal.

O game foi lançado no Japão no começo de 2020 para PS4 e Switch, mas ainda não tem uma data certa para roubar os corações desse lado do planeta.

Fire Emblem Warriors

O crossover conseguiu uma desculpa boa o suficiente para unir em uma mesma linha do tempo personagens amados dos fãs de Fire Emblem. Isso porque cada nova entrada do RPG tático não necessariamente tem ligação com a anterior. Assim, Fire Emblem Warriors criou um mundo alternativo no qual você pode jogar com Chrom, Lin, Robin, Marth, Ryoma e outros. O game foi lançado em 2017 para o Nintendo Switch e também ganhou um port para o New Nintendo 3DS.

Warriors Orochi

Warriors Orochi é um crossover entre duas das franquias mais famosas da Koei: Dynasty e Samurai Warriors. Samurai Warriors também é uma franquia famosa de hack'n'slash, mas segue a história de personagens históricos do folclore japonês. A combinação das duas marcas já deu origem a quatro games, com a versão mais recente sendo lançada para PS4 e Switch.

The Legend of Zelda - Hyrule Warriors

Se engana quem acha que Age of Calamity (já falamos mais dele a seguir) é a primeira empreitada de Koei e Nintendo. Além de atuar como suporte no desenvolvimento de outros jogos da Big-N, a companhia japonesa já havia lançado Hyrule Warriors para o Wii U, em 2014. O game, inclusive, é um dos poucos sucessos do console.

O crossover foi transportado para o Nintendo 3DS com o nome de Hyrule Warriors Legends e para o Nintendo Switch com o nome de Hyrule Warriors Definitive Edition.

Age of Calamity pode ser um marco?

Um dos games que deve chamar a atenção dos fãs da Nintendo no fim de 2020 é Hyrule Warriors: Age of Calamity. O jogo se passa antes de The Legend of Zelda: Breath of the Wild e promete saciar a curiosidade dos jogadores para os acontecimentos da guerra contra Ganon. Essa também será a chance de ver os campeões de Hyrule em ação, além de jogar com a favorita do público Impa.

Além da temática "Warriors" se encaixar perfeitamente nessa linha do tempo de Hyrule, o game promete preencher uma série de lacunas antes da chegada de uma sequência para a aventura em mundo aberto da Nintendo. Na mesma linha de Persona 5 Scramble, os desenvolvedores trabalharam bem próximos ao time de Breath of the Wild para capturar o espírito do game.

E não estamos falando apenas dos visuais do game. Age of Calamity promete momentos emocionantes, antecipando o futuro trágico de Hyrule. O jogo chega ao Nintendo Switch só em 20 de novembro, mas já é possível ter uma prévia do que vem por aí baixando a demo na eShop:

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