Não foi o 1º! Emma Stone entra no clube de atrizes com dois Oscar de Melhor Atriz

Em "Pobres Criaturas", Emma Stone abraçou um desafio peculiar: interpretar uma mulher da era vitoriana que se suicida, é devolvida à vida após seu cérebro ser substituído pelo de seu filho que ainda não nasceu por um cientista pouco ortodoxo e, a partir dali, inicia uma viagem de autodescoberta.

Sua aposta vingou e Stone vence pela segunda vez neste domingo o Oscar de Melhor Atriz, o que a equipara a lendas que ganharam esse mesmo número de estatuetas, como Jodie Foster e Elizabeth Taylor.

Stone ganhou seu primeiro Oscar em 2017 por encarnar uma atriz iniciante que busca seu espaço em Hollywood no musical "La La Land - Cantando Estações", ao lado de Ryan Gosling.

Ryan Gosling e Emma Stone em cena de "La La Land"
Ryan Gosling e Emma Stone em cena de "La La Land" Imagem: Reprodução

"Me sinto muito honrada em compartilhar isso com cada membro do elenco, com cada membro da equipe, com cada pessoa que colocou seu amor, seu cuidado e seu brilhantismo neste filme", disse a atriz de 35 anos ao receber o prêmio.

"Obrigado pelo presente de toda uma vida: Bella Baxter (sua personagem). Sempre lhe agradecerei. Obrigado por convidar todos nós para fazer parte dessa equipe", disse ao diretor do longa e também indicado, Yorgos Lanthimos.

A estrela derrotou na categoria outra grande favorita, a atriz de raízes indígenas Lily Gladstone ("Os Assassinos da Lua das Flores"), Annete Bening ("Nyad"), Sandra Hüller ("Anatomia de uma Queda") e Carey Mulligan ("Maestro").

À lá Frankestein

Sob a direção de Lanthimos, Stone dà vida a Bella, uma espécia de versão feminina do Frankestein.

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O filme, que também estava indicado ao Oscar, segue a mulher desde seus primeiros momentos, quando mal pode balbuciar e caminhar. A singular protagonista mostra-se uma rápida aprendiz que logo fala corretamente e dança de forma peculiar.

Bella entrega-se ao mundo com alegria e curiosidade desmedida. À medida que cresce, explora o sexo, chamado por ela de "pula-pula enfurecido", e absorve tudo ao seu redor.

Sua liberdade, no entanto, é constantemente ameaçada por homens que, apesar de atraídos por sua irreverência, tentam reprimi-la.

"Bella se apaixona pela vida, e não por uma pessoa. Aceita o bom e o mau da mesma forma. Ela me fez ver a vida de maneira diferente", disse Stone em janeiro ao receber o Globo de Ouro.

Almas gêmeas criativas

Stone, que soma quatro indicações ao Oscar como atriz e uma quinta como produtora de "Pobres Criaturas", reitera que esse é o papel favorito de sua carreira.

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"Recomeçar do nada, essa era uma parte muito inspiradora de Bella", disse no Globo de Ouro. "Era mais sobre desaprender que visitar coisas do meu passado, algo que era bom e libertador".

O filme consolidou sua colaboração com Lanthimos, que se tornou uma espécie de alma gêmea criativa desde que se conheceram há quase uma década.

A dupla trabalhou em "A Favorita", que lhe deu sua terceira indicação ao Oscar, uma trama vitoriana na qual interpretava uma criada oprimida que deseja muito mais e abre caminho até o coração e a cama da rainha Ana.

Depois, fizeram o curta "Vlihi" (2022) e agora tem dois projetos em desenvolvimento, entre eles "Kind of Kindness".

"Uma atriz incrível", diz Lanthimos.

"Facilita muito ter alguém que confia em você, e alguém em quem você confia", disse o diretor ao The Guardian em dezembro.

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