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Roberto Sadovski

REPORTAGEM

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James Gunn: 'Não gosto de trabalhar com ideias de terceiros'

Colunista do UOL

05/08/2021 13h43

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O lançamento de "O Esquadrão Suicida" fecha um ciclo para James Gunn. Entre ser demitido e recontratado pela Disney, o que adiou o terceiro "Guardiões da Galáxia", o diretor atendeu ao chamado da concorrência e teve total liberdade para tocar o projeto que quisesse.

A escolha pela série relançada em quadrinhos nos anos 1980 por John Ostrander e Luke McDonnell, que reunia vilões em uma missão impossível em troca de seu tempo na cadeia, resultou não só em um filmaço, mas oxigenou as ideias de Gunn, que usou sua carta branca para colocar personagens esquisitos sob o holofote.

A mistura resultou na melhor versão live action para a Arlequina (Margot Robbie), que retorna à equipe ao lado de Amanda Waller (Viola Davis), Rick Flagg (Joel Kinnaman) e Capitão Bumerangue (Jai Courtney). É mérito do roteiro de Gunn o destaque para personagens mega obscuros da DC como Bolinha (David Dastmalchian), Caça-Ratos 2 (Daniela Melchior) e o co-protagonista da aventura, Sanguinário (Idris Elba).

RECOMEÇOS FRUSTRADOS

Veterano do cinema independente, com um começo de carreira na produtora trash Troma, James Gunn aos poucos escalou a hierarquia da indústria. Escreveu dois "Scooby-Doo" e dirigiu o terror "Seres Rastejantes" antes de apontar novos caminhos para a Marvel com "Guardiões da Galáxia" e sua continuação.

"O Esquadrão Suicida" não encerra o namoro de Gunn com a DC. Ele está finalizando "Pacificador", um spin-off do novo filme, com o personagem de John Cena à frente, e deixa as portas abertas para mergulhar de novo no imenso catálogo da editora. Depois de tantos recomeços frustrados, a turma do Superman, Batman e cia. bem que merece esse alívio.