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Jornalista da Globo pode elogiar candidato? Saiba orientações da emissora
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Leilane Neubarth, apresentadora da GloboNews, usou as redes sociais para fazer um elogio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência, após sua entrevista ao "Jornal Nacional" (Globo). O comentário foi considerado uma quebra de protocolo, já que foge da conduta orientada pela emissora aos jornalistas contratados.
Não é de hoje que a Globo, em conversas formais (por e-mail ou comunicados) ou informais (em bate-papo com chefes editoriais), orienta seus profissionais de comunicação, especialmente do jornalismo, a não se comprometerem com postagens que possam ter qualquer tom ou interpretação política, especialmente em ano de eleições. O argumento é que a mensagem publicada pode colocar em risco a credibilidade de isenção da emissora.
No caso dos funcionários do Entretenimento, ainda é permitido manifestações políticas, desde que não vinculadas à emissora, inclusive em eventos presenciais e nas redes sociais. Já no caso de jornalistas, conforme o comunicado: "são vedadas manifestações de apoio eleitoral em quaisquer instâncias".
Os jornalistas não têm permissão para realizarem manifestações de apoio a partido ou candidato em propagandas eleitorais no rádio e na televisão. "Essas são regras essenciais para que não seja comprometida a percepção do público sobre a isenção da empresa", informa a emissora.
Leilane Neubarth, ao elogiar Lula, comentou: "Poderia citar muitas diferenças, mas me chama atenção o respeito de Lula pela Renata. Ele o tempo todo coloca ela presente e participando da entrevista. Homem que respeita mulher é outra coisa".
Esta coluna de Splash conversou com alguns jornalistas da Globo que, sem se identificarem, e com base nas orientações recebidas pela emissora nos últimos anos, afirmam que o elogio de Leilane realmente pode ser encarado como uma quebra de protocolos.
A Globo foi procurada novamente para comentar com detalhes orientações específicas aos jornalistas da emissora em relação às eleições, mas, até a publicação desta reportagem, não retornou. O espaço segue em aberto.
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