Azul amplia limite de peso para pet viajar na cabine; veja regras de aéreas

A companhia aérea Azul anunciou que passará a permitir o transporte de cães e gatos de até 10 kg — peso que deve ser referente à soma do pet e sua caixa — na cabine a partir do dia 1º de fevereiro.

Atualmente, apenas animais em seus contêineres que pesam até 7 kg podem viajar junto aos tutores. Os bichos precisam ter mais de quatro meses para viajar e estar acondicionados em caixa de transporte que atenda às regras impostas pela aérea e pelas autoridades.

Relacionadas

Saiba os cuidados do dono e da empresa aérea para transporte seguro de pets

Pets no avião: saiba seus direitos quando a empresa aérea comete erros

Por que pagamos tarifa para viajar com o pet na cabine se ele vai no chão?

O custo do transporte dos pets na cabine, em voos domésticos ou entre Brasil e outros países da América do Sul, é de R$ 250. Se o pet embarcar na classe Business, o preço é bem mais salgado: seu tutor paga R$ 1.575.

Já para trechos entre Brasil e EUA — temporariamente suspensos devido à medida do CDC (Centro para Controle de Doenças, na sigla em inglês) por surto de raiva — sai por R$ 790.

De acordo com a Azul, a companhia já transporta mensalmente 3.800 pets, em média, a bordo de seus voos. Cada cliente segue tendo o direito de levar apenas um animal em sua viagem. São permitidos a bordo de voos nacionais, no máximo, três animais. Em voos internacionais, cinco pets podem viajar.

Mudança alinha companhias

Os limites de peso variam de uma aérea para outra, mas a mudança feita pela Azul a aproxima das práticas de mercado da Gol, que também permite cães e gatos de até 10 kg na caixa viajando na cabine, mas apenas a partir de seis meses de idade com tarifas de R$ 250 em voos nacionais e R$ 600 em voos internacionais.

Já no caso da Latam, é válido o limite que a Azul impunha anteriormente, de 7 kg de peso de caixa e pet. Os animais precisam ter, ao menos, 16 semanas (quatro meses) e terem sido desmamados há, no mínimo, cinco dias antes de viajar. O transporte custa R$ 200 em voos domésticos e pode chegar a US$ 250 ou R$ 1.287,85 em voos internacionais.

Em todos os casos, é preciso não só de caixa de transporte segundo as especificações da aérea e que permita o conforto do animal — como poder dar uma volta 360º ao redor de si mesmo dentro do contêiner —, mas também documentos específicos como a carteira de vacinação com comprovante de vacina antirrábica aplicada há mais de 30 dias e menos de 1 ano e atestado de saúde emitido por médico-veterinário até 10 dias antes da viagem.

No caso de viagem internacional com o seu pet, cada país de destino impõe suas próprias regras para a entrada do animal, que devem ser consultados com antecedência. De maneira geral, as companhias exigem para o embarque um Certificado Veterinário Internacional (CVI) válido por 60 dias corridos após a emissão (para a América do Sul) e/ou Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) válido por 60 dias corridos após a emissão.

Cães-guia e ouvintes são exceção

Os limites de peso não se aplicam a cães-guia, cães-ouvintes e animais de apoio emocional. Neste caso, pets maiores podem viajar junto ao tutor na cabine, mas é preciso ser comprovada a necessidade do passageiro da companhia do bicho com atestados de saúde do viajante, identificação do instrutor ou centro de adestramento do animal e comprovantes de vacinação.

As companhias aéreas devem ser contatadas de antemão quando o pet que viajará se encaixa nesta categoria, para que seja contratado o serviço específico de transporte de animal de serviço e tanto o passageiro quanto a empresa possam se organizar para a apresentação dos documentos e disponibilização de acomodações necessárias à dupla durante o trecho.