Fotógrafo registra lugares abandonados e explica 'presença fantasmagórica'

Coragem e sem medo de fantasma. O fotógrafo inglês Simon Sugden tirou registrou de diversos prédios abandonados de todo o Reino Unido e resolveu publicar as imagens em um lugar só, em seu livro intitulado Abandoned Britain.

Nascido em Yorkshire, maior condado da Inglaterra, o profissional capturou as imagens de locais que foram esvaziados, muitas vezes deixados para trás que fossem decaindo vagarosamente. No livro, o fotógrafo escreveu que reparou em diversas ocasiões que há uma certa "presença fantasmagórica da vida anterior" que permanecem nas construções. E é nessa beleza entre as memórias de um passado cheio de vida com o abandono presente que o fotógrafo se inspira para seus registros.

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E as imagens de fato podem ser assustadoras: uma de piscina vazia em Merseyside, um parque temático tomado pela ferrugem em Lancashire, uma casa de fazenda em desuso em East Yorkshire e um cemitério de aeronaves.

Tim Sanders, da Royal Photographic Society, assina o prefácio para o livro onde descreveu alguns dos obstáculos que Simon enfrentou ao fotografar: às vezes trabalhava em locais infestados de vermes, empoeirados e sujos de guano, ambientes que exigiam que ele usasse aparelhos respiratórios.

"Tenho certeza de que muitos dos edifícios parecem sombrios e se desintegrando à primeira vista, mas eles são transformados sob as lentes de Simon para serem evocativos e atmosféricos. Simon deu a esses edifícios uma nova vida neste livro, preservando um registro visual tangível para as gerações presentes e futuras", conta Sanders.

Em suma, Simon deu a esses edifícios uma nova vida neste livro, preservando um registro visual tangível para as gerações presentes e futuras.

Coleção assombrosa

Através de 128 páginas, o fotógrafo consegue revelar a beleza encontrada em edifícios e estruturas abandonados.

Barcos, carros e aeronaves foram deixados para trás e muitos aparecem apodrecendo nas paisagens. No entanto, muitos aparecem quase como intocados pelo desuso.

"Fui convidado a documentá-lo [Drummonds Mill] ao longo de cinco anos e testemunhei na noite em que queimou", diz ele, sobre um complexo industrial que registrou.

"Fiquei arrasado ao vê-lo destruído dessa maneira, mas queria registrar suas últimas horas, pois foi o prédio que me apresentou à fotografia urbana e aprendi meu ofício com ele."