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Mauro Cezar: "Reeleger esse grupo no Corinthians é mais que tiro no pé"

Do UOL, em São Paulo

02/12/2020 04h00

O Corinthians teve eleições no último sábado e Duílio Monteiro Alves, da situação, foi o escolhido como sucessor de Andrés Sanchez na presidência do clube. Muitos torcedores corintianos não gostaram do resultado da eleição que deu continuidade ao mesmo grupo que deixou o clube endividado nos últimos anos, além de um time que está distante das primeiras posições do Campeonato Brasileiro, além de ter sido eliminado da Libertadores e da Copa do Brasil.

No podcast Posse de Bola #78, Mauro Cezar Pereira afirma que os eleitores responsáveis pela escolha do novo presidente corintiano gostam de viver perigosamente e não consegue entender a sequência do grupo influenciado por Andrés Sanchez após a situação financeira vivos pelo clube alvinegro.

"Nada justifica, dentro de um pensamento minimamente lógico, de quem quer o bem do clube, nada justifica a eleição de um candidato apoiado pelo presidente licenciado que não está licenciado, porque ele tem um cargo de direção. É sensacional isso, ‘estou me licenciando, me afastando’, aí aparece: diretor de futebol. Que diabo é isso? Vai embora, pô. Mas está lá, o osso ninguém quer largar", diz Mauro Cezar.

"A partir do momento em que você elege um candidato da situação, apoiado pelo presidente que está licenciado, mas continua fazendo parte do clube, no mínimo ele tem uma influência nisso, ele continua tendo influência. Os caras que pegaram a dívida do Corinthians e levaram a um nível assustador em pouquíssimo tempo, sem títulos, sem nada, são os responsáveis pela aventura do estádio, e é sempre bom lembrar, aventura do estádio porque o estádio poderia ter sido construído de uma outra maneira, sem encalacrar o clube", completa.

O jornalista também chama a a atenção para o fato de o clube seguir fazendo contratações mesmo com problemas financeiros e não vê o novo presidente eleito tomando a decisão de montar um time mais modesto para ajustar a situação econômica do clube, como fez o Flamengo há alguns anos para ter condições de montar o time atual.

"Continua contratando, é aquela coisa, esses caras não vão aplicar no Corinthians, pelo menos não dão nenhum sinal de que venham a fazer isso, o remédio amargo, o remédio amargo é aquele lá do Flamengo de 2012 e 2013, time mais ou menos, pagar as contas, recuperar crédito no mercado, alavancar receitas e botar a casa em ordem. Dois, três, quatro anos aqui tomando esse remédio amargo", diz Mauro Cezar.

"Reeleger esse grupo não é um tiro no pé, é quase um tiro na cabeça, gente, isso é uma loucura, eu custo a acreditar que alguém que seja corintiano mesmo, de coração, um cara apaixonado pelo Corinthians vá lá e vote, a não ser o cara que é ligado de alguma forma a esse grupo, votar nesse grupo político, eu digo um sócio que não tem vínculo político, como é que o cara faz isso? Esse cara é corintiano mesmo? Ele gosta do Corinthians? Eu fico assim sem entender", conclui.

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