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Ricciardo resiste, vence GP de Mônaco e fecha fim de semana perfeito

27/05/2018 12h16

Redação Central, 27 mai (EFE).- Primeira posição nos três treinos livres, pole position e vitória de ponta a ponta: o australiano Daniel Ricciardo resistiu a problemas em sua Red Bull e foi o vencedor do Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1 neste domingo, completando um fim de semana perfeito.

Desde a quinta-feira, ficou claro que a escuderia austríaca era a favorita à prova no principado. Mas, enquanto o outro competidor da equipe, o holandês Max Verstappen, largou em último lugar e não pôde brigar pelo pódio, Ricciardo fez uma pilotagem de manual, resistiu à falta de potência e ao desempenho ruim dos pneus, relatadas por ele mesmo durante parte da corrida, e foi o primeiro colocado.

A segunda posição em Monte Carlo foi do alemão Sebastian Vettel, que com o resultado diminuiu a desvantagem na vice-liderança do Mundial, chegando a 96 pontos, contra 110 do britânico Lewis Hamilton. O atual campeão completou o pódio, em terceiro lugar, apesar da dificuldade da Mercedes com o desgaste dos pneus no circuito de rua.

Com a vitória, a sétima da carreira, Ricciardo saltou da quinta para a terceira colocação do campeonato, com 72 pontos, deixando para trás os finlandeses Kimi Raikkonen (Ferrari) e Valtteri Bottas (Mercedes), que foram quarto e quinto no GP e aparecem em quinto e quarto na tabela de classificação, respectivamente.

Completaram a zona de pontuação, da sexta à décima posição, nesta ordem, os franceses Esteban Ocon (Force India) e Pierre Gasly (Toro Rosso), o alemão Nico Hulkenberg (Renault), Verstappen e o espanhol Carlos Sainz Jr. (Renault).

O jovem holandês protagonizou um capítulo à parte no fim de semana no principado. Uma batida nos últimos minutos do terceiro treino livre, no sábado, o tirou do classificatório, já que a Red Bull não conseguiu consertar o carro a tempo. Largando em último, Verstappen fez uma boa prova, ganhou posições na pista, com ultrapassagens, e nos boxes, e entrou na zona de pontuação.

Sem uma investida mais forte entre os que começaram nas primeiras filas, os pilotos da parte da frente do grid mantiveram suas posições. Verstappen, que partiu em último por não ter participado do treino oficial após ter se acidentado na terceira sessão livre, subiu para 18º, deixando para trás as duas Haas, do dinamarquês Kevin Magnussen e do francês Romain Grosjean.

Sem muita chance para buscar uma ultrapassagem na pista e sentindo o desgaste dos pneus mais que os concorrentes, Hamilton apostou em uma estratégia diferente e fez sua troca ainda na 12ª volta. Vettel parou na 16ª, e Ricciardo, na 17ª, mantendo-se na ponta.

A corrida era morna, como costuma acontecer no principado, mas na 29ª volta o australiano da Red Bull passou a reclamar de problemas de potência no carro, e o alemão da Ferrari se aproximou, passando a pressionar. Logo atrás, em uma disputa finlandesa, Bottas apertava Raikkonen em busca da quarta colocação, o que acabou deixando Hamilton mais tranquilo em terceiro.

Ricciardo conseguia se manter à frente sem ser atacado por Vettel, mas reclamava insistentemente pelo rádio da falta de ritmo e do desempenho dos pneus. Enquanto isso, na volta 54, houve o primeiro abandono da corrida, do espanhol Fernando Alonso, que teve problemas no câmbio.

Se um piloto da Red Bull tinha problemas, o outro "voava" na briga por posições. Verstappen quebrou o recorde de melhor volta no circuito de rua de Monte Carlo e, no braço, deixou Sainz para trás, subindo para nono.

O desgaste do carro de Ricciardo foi aliviado com a entrada em ação do safety car virtual, a cinco voltas do fim, e o australiano conseguiu administrar os problemas e vencer. O monegasco Charles Leclerc (Sauber), primeiro piloto da casa a competir em Monte Carlo em 24 anos, teve problemas no freio e encheu a traseira do britânico Brendon Hartley (Toro Rosso), e os dois abandonaram.