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Borrachinha mira hiato de revelações brasileiras para crescer rápido no UFC

Marcelo de Jesus/UOL
Imagem: Marcelo de Jesus/UOL

Ag. Fight

21/06/2017 06h00

 

Paulo "Borrachinha" fez apenas duas lutas no maior torneio de MMA do mundo, mas parece que sua moral já está lá em cima. Tanto é verdade que parte da imprensa foi convidada pela assessoria do UFC para realizar uma bateria de entrevistas com o mineiro nesta semana, no Rio de Janeiro. Esses eventos organizados pelo Ultimate apenas para um atleta são normais, mas acontecem geralmente com grandes nomes, como José Aldo, Ronaldo "Jacaré", Demian Maia e outros. Ou seja, um claro sinal de que a organização quer investir no atleta de apenas 26 anos de idade.

Em conversa com a Ag. Fight, Borrachinha garantiu estar ciente de tudo o que está acontecendo ao seu redor e também da movimentação feita pelo Ultimate em prol do seu nome. Pronto para se estabelecer como futuro ídolo do esporte, o jovem atleta acredita que esse reconhecimento relâmpago surgiu por conta dos seus bons resultados dentro do octógono, onde venceu as duas lutas que disputou por nocaute.

"O apelo dos fãs ajuda, mas acho que o UFC está apostando muito em mim e apostando como um possível ídolo da nação. Sei o peso que isso tem, mas estou preparado para carregar isso. O UFC percebeu que tenho facilidade para me comunicar com o público e também estou dando bons resultados. Surpreendeu , porque a gente não está acostumado a ver. Ainda mais tão cedo…", refletiu o peso-médio (84 kg) do UFC.

Com uma análise bastante sóbria sobre o atual momento da sua categoria e sem medo de pensar alto, Borrachinha afirma que a divisão está bastante parada no que diz respeito a novos nomes. Inclusive a safra brasileira, que possui feras como Anderson Silva, Vitor Belfort e Ronaldo ‘Jacaré’, todos por volta dos 40 anos de idade. E é esse hiato entre grandes lutadores e a nova geração que o mineiro quer usar para subir rapidamente degraus importantes rumo a chance de estar entre os melhores.

"A categoria ficou travada por conta do Michael Bisping, que não quer lutar e já está falando até em aposentar. Não entendo o que ele quer fazer. Acho que quer ser campeão sem lutar. Mas Acho que faltou renovação. O (Robert) Whitakker talvez seja a maior renovação e nem tão novo é. Mas analisando pelo lado do Brasil, a última grande esperança era o Jacaré. O Anderson acho que não almeja mais o cinturão. É muito árduo lutar em alto nível. Acho que ele quer uma ou duas superlutas no ano no máximo. O Vitor já passou. O Jacaré eu não sei como está animado para voltar. Então, por um lado é ruim, mas por outro é bom porque é um caminho mais fácil para que eu possa chegar lá", analisou.

Com dez lutas em seu cartel, Paulo Borrachinha venceu todas as vezes que colocou as luvas e subiu no cage na sua vida. O último triunfo foi diante de Oluwale Bamgbose, no UFC 212, disputado no Rio de Janeiro. Foi o nono nocaute de sua carreira, que também conta com uma finalização, e única vez que ele precisou disputar o segundo round na carreira.