Funcionários pedem investigação sobre problemas raciais na Adidas nos EUA
Uma semana depois de ter prometido maior diversidade nas novas contratações, a Adidas recebeu acusações de trabalhadores nos Estados Unidos sobre problemas raciais na empresa. A marca esportiva rejeita a denúncia.
Um grupo de 83 funcionários solicitou ao conselho de vigilância da marca alemã uma investigação sobre a diretora de recursos humanos, Karen Parkin, acusada de ter minimizado os problemas de racismo na empresa.
Solicitam ainda a criação de uma plataforma pública anônima para apresentar denúncias de racismo, disse a Adidas à AFP, confirmando informações do jornal Wall Street Journal.
Alguns funcionários negros americanos declararam ao jornal que a cultura da empresa está longe de ser igualitária.
Em uma reunião de funcionários no ano passado, na sede da filial Reebok em Boston, Parkin considerou o racismo um "ruído", que é tratado apenas nos Estados Unidos, e um problema que não afeta as marcas do grupo, disse o WSJ.
Em 12 de junho, Parkin pediu desculpas em uma mensagem na intranet, afirmando que "deveria ter usado uma palavra mais adequada" na reunião na sede da Reebok, conforme texto ao qual a AFP teve acesso.
"Adidas e Reebok sempre estiveram e estarão contra a discriminação em todas as suas formas, unidas contra o racismo", declarou a Adidas na nota divulgada nesta quarta.
Com 60 mil trabalhadores no mundo, 10 mil deles nos Estados Unidos, a empresa lembra que já possui uma plataforma telefônica para receber denúncias ligadas a esses assuntos e um mediador externo que responde às questões da equipe, segundo um porta-voz.
No dia 10 deste mês, a Adidas anunciou que 30% dos novos contratados nos Estados Unidos serão pessoas negras, ou de origem latino-americana.
O grupo alemão anunciou também que elevará para US$ 20 milhões, nos próximos quatro anos, o montante destinado a programas de apoio à comunidade negra nos Estados Unidos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.