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Rizek conta que meningite na infância fez de Maradona seu super-herói

André Rizek, apresentador do Seleção SporTV - Reprodução/SporTV
André Rizek, apresentador do Seleção SporTV Imagem: Reprodução/SporTV

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/11/2020 09h33

Apresentador do Grupo Globo, André Rizek usou suas redes sociais para homenagear Maradona, que morreu ontem, aos 60 anos. O jornalista revelou que teve uma meningite aos 11 anos, o que fez com que ele se aproximasse ainda mais do craque argentino.

Rizek contou que a doença o fez ficar acamado por algumas semanas em 1986. Como já gostava de futebol, o jornalista disse que isso permitiu que ele assistisse a toda a Copa do Mundo daquele ano.

"Eu tinha 11 anos em 1986, quando fui acometido por uma grave meningite. Já curtia futebol, ia ao estádio toda semana com meu pai e sabia de cor a escalação de vários times. Já tinha chorado em 1982. Passei aquele Mundial do México sem sair da cama, doente, cada dia pior", escreveu Rizek.

O apresentador destacou que Maradona, assim como Pelé e Garrincha - de quem apenas havia ouvido falar -, fazia chover dentro de campo, tinha poderes com a bola, era como um super herói.

"Mas naquele sofrimento - algo que uma criança nunca esquece -, descobri que as histórias que meu pai e querido avô contavam sobre Pelé e Garrincha eram possíveis, eram reais. Existia gente assim no mundo! Seres humanos com superpoderes com a bola nos pés. Gente que fazia chover. Gente capaz de driblar um time inteiro, um ilusionista de carne, osso e chuteira preta", continuou Rizek.

"Ali, na horizontal, ardendo de febre, vi Maradona fazer coisas que, no meu imaginário, só eram possíveis em desenho de super-heróis. Maradona foi um jogador super-herói. Um gênio, terrivelmente humano, cheio de defeitos, inimigo de si mesmo", acrescentou o jornalista.

Rizek finalizou a homenagem dizendo que, a partir de agora, a lenda de Maradona só aumentará. Na opinião do jornalista, 'não há exageros suficientes para descrever' o craque argentino.

"Mas, agora, já não importa o que ele fez consigo próprio. Importa o que fez e seguirá fazendo com milhares de pessoas, como aquele Rizequinho que não se levantava da cama. Como o pequeno Messi que, um dia, em Rosário, sonhou em vestir a mesma camisa dele. De geração em geração, em qualquer lugar desse mundo, sua lenda será contada, aumentada. Não há exageros suficientes para descrever Maradona. Descanse em paz, Dios. E obrigado por tudo", completou.