Antes da medalha nos 50m livre dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Bruno Fratus havia ficado em quarto lugar em Londres-2012 e sexto no Rio-2016, resultados que o renderam críticas e mensagens negativas nas redes sociais. Fernando Scherer, o Xuxa, cita a medalha de Fratus, lembra que ocorreu algo parecido com Thiago Pereira e reclama da forma como são tratados muitas vezes os atletas que ficam sem medalha por uma diferença mínima, como foi o caso dos dois.
Em sua participação no UOL News Olimpíadas, o medalhista olímpico diz que a perda da medalha em edições anteriores foi muitas vezes o caminho para evoluir e atingir hoje o respaldo esperado no caso de Bruno Fratus e que as pessoas precisam aprender a lidar com isso.
"Por anos e anos, olha a diferença, se falava do Bruno que não foi medalhista, foi quarto e foi sexto. Aí a gente pensa no Thiago Pereira, foi quinto e foi quarto, ou quarto e quinto, eu não me lembro agora. E as pessoas têm a mania de criticar um quarto lugar e um quinto lugar, um quarto lugar e um sexto lugar, mas após duas Olimpíadas, com trabalho, com consistência e acreditando, o Thiago foi prata e o Bruno foi bronze", diz Scherer.
"Aí todo mundo passa a reverenciar os atletas agora porque são medalhistas olímpicos e eu sei que são, passam outro patamar de medalhista olímpico, mas para a gente perceber que aquele atleta brasileiro que fica em quarto, em quinto ou sexto, foi um acaso, ele poderia também ter sido bronze e agora ele consolida como medalhista olímpico, mas também pelo feito que ele vem fazendo, o cara nadou consistentemente mais de 90 vezes para 21 segundos nos últimos anos, é o nadador mais consistente em 2021, então o bronze é só para consolidar um trabalho feito há muitos anos", completa.
Scherer também cita a conquista de Fernando Scheffer nos 200m livre e pede que os feitos sejam mais valorizados e menos alvo de crítica quando o resultado não é o que se espera, pois tudo faz parte de um processo.
"Eu queria falar uma coisa sobre essas duas, da importância dessas medalhas, principalmente do Fernando, de mostrar o quanto quando a gente treina, se dedica e acredita, mesmo não sendo considerado favorito a uma prova, tudo pode acontecer desde que a cabeça esteja boa. O cara estava na raia do canto, não era favorito, nadou uma prova, não vou nem falar o tão surpreendente que foi aquele tempo maravilhoso, uma marca expressiva", diz o ex-nadador.
"Para a gente entender, em vez de desestimular alguém com o quarto lugar em uma Olimpíada, ou sexto, a gente entender que aquilo é um passo que foi necessário para ele chegar no bronze, que foi necessário para o Thiago chegar na prata. Então a gente valorizar o feito dos atletas olímpicos que chegam numa Olimpíada e dão o seu melhor e não desvalorizar, desmerecer e criticar. Seria mais ou menos essa visão do bronze merecido do Bruno e dar aqui os meus parabéns aos dois, que eu fiquei aqui encantado com essas duas provas e as duas medalhas", conclui.
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