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Ouros ou total? Quais países mais mudariam de posição em critério dos EUA

Jogadoras da seleção feminina de basquete dos Estados Unidos posam com ouro conquistado nas Olimpíadas de Tóquio - Pan Yulong/Xinhua
Jogadoras da seleção feminina de basquete dos Estados Unidos posam com ouro conquistado nas Olimpíadas de Tóquio Imagem: Pan Yulong/Xinhua

Colaboração para o UOL, de São Paulo

08/08/2021 06h41

As Olimpíadas chegaram ao fim com os Estados Unidos somando 39 medalhas de ouro, 41 de prata e 33 de bronze. Assim, eles lideraram o quadro de medalhas - tanto o tradicional quanto o que eles mesmos inventaram.

Durante as Olimpíadas, a metodologia usada pelos norte-americanos para somar as medalhas chamou atenção. Isso porque, ao contrário do formato tradicional em que o líder é aquele com mais medalhas de ouro, a imprensa dos Estados Unidos montou o ranking pela quantidade total de medalhas.

Neste critério usado por lá, os Estados Unidos também terminaram em primeiro por conta das 113 medalhas alcançadas no total.

O motivo era evitar que a China liderasse o quadro de medalhas, como aconteceu durante quase todo o evento. A 39ª medalha norte-americana veio somente durante a madrugada deste domingo (8), quando a seleção de vôlei feminino venceu a final em cima do Brasil.

Falando em Brasil, o método dos americanos de contar as medalhas não impactou na posição do país. Dos dois jeitos o país fica com a 12ª colocação, seja pelos sete ouros quanto pelas 21 no total. É a melhor participação brasileira na história dos Jogos.

Em outros casos, há diferenças sutis e gritantes. No top 5, o Comitê Olímpico Russo ganharia duas posições e ficaria à frente de Japão e Grã-Bretanha com suas 71 medalhas. Contudo, os atletas russos alcançaram 20 ouros, contra 27 dos japoneses e 22 dos britânicos.

Pelo quadro de medalhas tradicional, Cuba brigou ouro a ouro com o Brasil pelo posto de melhor latino-americano dos Jogos. Ficou em 14º. Mas do jeito norte-americano, eles foram apenas o 18º por conta das suas 15 medalhas no total.

O caso mais curioso seria o da Ucrânia, 16ª na lista dos Estados Unidos com 19 medalhas. Contudo, apenas uma dessas 19 é de ouro, desempenho que a deixa na verdade na 44ª colocação.

Entre os que não ganharam nenhum ouro, o maior beneficiado seria o Azerbaijão, que com suas sete medalhas subiria da 67ª colocação para a 38ª no ranking americano.

E também há o efeito contrário. Bermudas, Marrocos e Porto Rico, com uma medalha de ouro cada, deixaram de compartilhar a 63ª posição para ir ao fim da fila estadunidense, em 77º. Ao todo, 93 países conquistaram pelo menos uma medalha em Tóquio.