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Isaquias Queiroz e Godmann são 4º e ficam sem medalha na canoagem

Jacky Godmann e Isaquias Queiroz disputando a semifinal de C2 1000m nas Olimpíadas de Tóquio - Wander Roberto/COB
Jacky Godmann e Isaquias Queiroz disputando a semifinal de C2 1000m nas Olimpíadas de Tóquio Imagem: Wander Roberto/COB

Felipe Pereira

Do UOL, em Tóquio

02/08/2021 23h57

Não deu para Isaquias Queiroz e Godmann. Os brasileiros eram candidatos a ganhar uma medalha no C2 1.000m na canoagem. A dupla, no entanto, não teve o desempenho esperado e ficou na quarta colocação e sem qualquer medalha na modalidade nas Olimpíadas de Tóquio.

O ouro ficou com os cubanos Fernando Enriquez e Serguey Madrigal, que fizeram 3min24s995 e alançaram novo recorde olímpico. Os chineses Hao Liu e Pengfei Zheng ficaram com a prata (3min25s198), enquanto o bronze foi para os alemães Sebastian Brendel e Tim Hecker (3min25s615). Os brasileiros fizeram 3min27seg603.

Vale lembrar que Isaquias perdeu sua dupla, Erlon Silva, por lesão e teve que encontrar um novo parceiro. Ele fechou com Jacky Godmann em maio deste ano e juntos conseguiram ficar com o terceiro lugar na etapa da Hungria da Copa do Mundo.

Antes de Tóquio-2020, Isaquias afirmou que desejava ser o maior atleta olímpico da história nacional. Com o resultado, no entanto, não será nesta edição das Olimpíadas que ele alcançará os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt, cada um com cinco medalhas.

É que ele soma três medalhas em 2016 e tem apenas mais uma prova em disputa em Tóquio. O brasileiro é um dos favoritos para vencer a competição individual, o C-1000, no qual levou a prata no Rio. A outra prova em que o brasileiro competia, a de 200m, foi retirada do programa dos Jogos.

Trajetória

O caminho para chegar à final não foi dos mais fáceis. Na fase classificatória, no último domingo, apenas os dois primeiros se classificavam direto para as semifinais. Os brasileiros ficaram em terceiro e tiveram que passar pelas quartas de final, o que exigiu entrar na água uma vez mais que quatro adversários: chineses, cubanos, alemães e espanhóis.

Nas quartas de finais, Isaquias e Godmann confirmaram seu favoritismo. Eles fizeram o melhor tempo e se classificaram com tranquilidade para a semifinal. Isaquias se mostrou bem cansado após o fim da prova, mas disse que prefere disputar todas as etapas para corrigir alguns erros cometidos e para fazer ajustes nos equipamentos.

Já nesta segunda, eles precisavam ficar entre os quatro primeiros para chegar à sonhada decisão. E foi o que aconteceu. A quarta colocação garantiu o objetivo, mas ligou o sinal de alerta. É que na primeira bateria os chineses quebraram o recorde olímpico (3min31seg870) com 3min27seg023. Mas durou pouco. Na segunda semifinal, os alemães melhoram ainda mais com o tempo de 3min26seg812.

As quebras de recorde, em tese, colocam chineses e alemães como favoritos ao ouro. No entanto, existia uma dúvida se os brasileiros, que terminaram com o quinto melhor tempo no geral, haviam se poupado nas semifinais ou se os adversários, de fato, viviam um melhor momento.

Na final, no entanto, ficou claro que os brasileiros não estavam no mesmo nível dos adversários. Os cubanos, até então sem tanto protagonismo, brilharam na hora certa e quebraram pela terceira vez no mesmo dia o recorde olímpico da prova. Os favoritos chineses e alemães completaram o pódio.