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Cerimônia morna e sem show tecnológico bate 10 pontos de audiência

Rui Dantas

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/07/2021 13h57

Uma cerimônia diferente, com pouca emoção e sem a participação do público no estádio não foi também medalha de ouro na audiência. Segundo dados da TV Globo, a transmissão da Abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio deu 10 pontos no Ibope. Cada ponto equivale a cerca e 75 mil residências na Grande São Paulo.

A abertura dos Jogos conquistou três pontos a mais do que a média diária para o mesmo horário. Ou seja, subiu de 7 para 10 pontos, o que fez a emissora comemorar o incremento de 43% na audiência desta faixa.

Para efeito de comparação, a cerimônia da abertura da Olimpíada do Rio-2016 rendeu 31 pontos de audiência na Grande São Paulo. Disputada no país e ocorrendo em horário nobre, a abertura do Rio-2016 gerou mais interesse do público, que queria confirmar se o brasileiro faria bonito ou feio na cerimônia.

A tão esperada tecnologia que os jogos na capital japonesa prometiam, no entanto, não aconteceu. Daí, talvez, a frustração do público. Não houve Ursinho Misha hi-tech chorando, Mario Bros. saindo de tubo, nem nenhum personagem de peso internacional e de carne e osso, como Mohammed Ali em Atlanta-96, acendendo a tocha em momento inesquecível. O feito coube à tenista Naomi Osaka, que, menos conhecida, parecia igualmente menos à vontade no papel.

Foram dois os pontos altos da cerimônia de abertura dos Jogos no Japão: a junção dos drones que formavam um mapa-múndi gigante a céu aberto, acima do estádio Olímpico de Tóquio, e a performance que imitava posições de cada esporte olímpico em um fundo de "chroma key". Mais do que o esperado espetáculo de tecnologia, era pura criatividade.