Os Jogos Paralímpicos de Paris estão, oficialmente, abertos. A cerimônia realizada nesta quarta foi marcada pelas referências à inclusão das pessoas com deficiência. Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador dos Jogos, e Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, citaram "revolução paralímpica" e que os atletas querem "alcançar algo maior que a glória pessoal: desejam igualdade e inclusão". Assim como nas Olimpíadas, o evento não foi realizado em um estádio e foi aberto ao público. Desta vez, no entanto, a avenida Champs-Élysées, cartão-postal da cidade, assumiu o lugar do rio Sena e foi o palco do desfile das delegações. Os cerca de 4.400 atletas das 168 delegações passaram pela Champs-Élysées em foram em direção à Place de la Concorde, com o Arco do Triunfo aos fundos. Pelo Brasil, Gabrielzinho (natação) e Beth Gomes (atletismo) foram os porta-bandeiras. A equipe de voo acrobático de elite da Força Aérea Francesa, a "Patrouille de France", coloriu o céu de Paris de azul, branca e vermelha. Após a contagem regressiva, houve um show pirotécnico com as cores em referência à bandeira da França. As apresentações tiveram participações de dançarinos e artistas, alguns com deficiências. O canadense Chilly Gonzales abriu a festa. O pianista esteve acompanhado de 140 dançarinos. O ato foi baseado no "paradoxo", mostrando que uma sociedade que se diz inclusiva e ainda encontra muitos obstáculos para as pessoas com deficiência Ao contrário da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, quando choveu muito em 26 de julho, o evento desta quarta aconteceu sob bom tempo e os presentes puderam ver até o pôr do sol. Revezamento até a pira olímpicaNo fim da cerimônia, 12 atletas, todos medalhistas paralímpicos e de diversas nacionalidades, levaram a chama olímpica até a pira. Eles foram acompanhados por mais de 150 dançarinos e artistas carregando tochas ao som de "Bolero", do compositor francês Maurice Ravel. A trajetória começou com Michael Jeremiasz, ex-jogador de tênis em cadeira de rodas, e passou por nomes como Beatriz Vio, esgrimista italiana, Oksana Masters, dos Estados Unidos, o alemão, Markus Rehm, a francesa Assia El Hannouni, e os também franceses Christian Lachaud, Béatrice Hess, Alexis Hanquinquant e Nantenin Keïta. A pira dos Jogos Paralímpicos de Paris também é um o balão, assim como foi utilizado nas Olimpíadas, que se encerraram em 11 de agosto. |