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"Rondinha de BH" se inspira na ex-campeã para estreia no MMA profissional

Stephanie Bruna, a "Rondinha de BH" - Reprodução/Instagram
Stephanie Bruna, a "Rondinha de BH" Imagem: Reprodução/Instagram

Debora Luvizotto

Do UOL, em São Paulo

31/05/2019 12h00

O Brasil está vivendo a melhor fase do MMA feminino, atualmente com três cinturões do UFC. Com isso, novos nomes começam a surgir, muitos deles decorrentes da era pós-Ronda Rousey. Um exemplo disso é Stephanie Bruna, conhecida como "Rondinha de BH", que fará sua estreia no profissional no próximo dia 15.

"Ganhei este apelido do meu primeiro professor de jiu-jitsu. Na academia, todo mundo tinha um e, logo no segundo dia de aula, ele achou que eu era parecida com a Ronda e começou a me chamar assim", revelou a lutadora para o UOL Esporte.

Aos 19 anos, a mineira não quer que as semelhanças entre elas sejam somente na aparência física. "Eu me inspiro nela, foi a primeira mulher a lutar no UFC. Abriu portas para nós mulheres estarmos lutando agora no maior evento do mundo. Foi campeã e fez história. Assim como ela, eu também quero ser campeã e fazer a minha história. Também me inspiro no estilo de luta dela, as quedas de judô eram excelentes, principalmente as visões que ela tinha nas finalizações depois das quedas".

Bem vindo 2019! ♥️

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Natural da capital de Minas Gerais, Stephanie é faixa azul em jiu-jitsu e vem de 5 vitórias consecutivas no MMA amador. Agora, estará no card preliminar do Federação Fight X, em Belo Horizonte e enfrentará Viviane Adne na categoria 52kg.

"Meu mestre me colocou para estrear no profissional no momento certo, confio muito nele. O que muda do amador para o profissional é o tempo. Então, a gente estava focado em treinar os três rounds de cinco. Agora é finalizar o camp e tirar o peso", disse.

Rondinha começou a praticar MMA em janeiro de 2017 com o mestre César Augusto Cunha Dias, o Gordim, quem ela considera ser o grande responsável por tornar possível sua recém-iniciada carreira na luta.

"Ele é a pessoa que mais acredita em mim, foi o primeiro a falar que eu conseguiria chegar lá. Não tenho apoio de ninguém. Ainda não ganho dinheiro com meu trabalho por ser atleta amadora. A academia onde treino é longe da minha casa. Não tenho condições de pagar a passagem. Ele me ajuda com o dinheiro para eu ir treinar. Sem ele, acho que não conseguiria treinar todos os dias".

Sobre a boa fase das brasileiras no UFC, Stephanie destaca: "Eu acho o máximo a mulherada estar se destacando no UFC. Todas são guerreiras, merecedoras de serem campeãs. Minas Gerais também está se destacando. Amanda Ribas vai estrear no mês que vem e a Norma Dumont também acabou de ser contratada pelo UFC, ela é da minha equipe. Quero futuramente também assinar esse contrato".

Focada em começar com o pé direito no profissional, ela já traça suas metas: "Quero fazer um bom trabalho, fazer um bom jogo tanto no solo como em pé e começar bem a minha história".