UFC pede para comissão suavizar punições em casos de doping por maconha
O UFC segue em busca de uma mudança no regulamento antidoping usado no MMA, para diminuir a severidade das penas para quem usa drogas recreativas - principalmente a maconha - e diferenciar estas punições em relação a quem usa substâncias que melhorem o desempenho ilegalmente, como esteroides anabolizantes. Nesta quinta-feira, a entidade pediu oficialmente que o caso da maconha seja analisado, em uma reunião com a Comissão Atlética de Nevada.
Esta comissão atlética é considerada a mais importante dos Estados Unidos - junto à da Califórnia - e uma decisão favorável a diminuir as penas para uso de maconha poderia ser seguida no restante do país.
“A sociedade está mudando, vivemos em um mundo diferente de quando eu estava nesta comissão”, disse o vice-presidente de assuntos regulatórios do Ultimate, Marc Ratner, segundo o MMAJunkie. “Os estados estão legalizando o uso de maconha e isso está se tornando mais e mais um problema com lutadores testando positivo.”
Para o UFC, como a legalização da maconha tem crescido, não faz sentido ela ser tratada como uma droga ilegal, como acontece com os anabolizantes. A reunião com a comissão atlética de Nevada era para discutir o uso de hormônio de crescimento, mas o tema foi levado à pauta no fim do encontro, e será debatido novamente.
“Eu acho que isso precisa ser discutido. Não posso acreditar que uma substância que melhores o desempenho e a maconha possam ser tratados da mesma forma. Não faz senso no mundo de hoje e é algo que precisa ser trazido a discussão”, completou o dirigente, que ganhou a promessa de que o debate acontecerá nos próximos meses.
O UFC já tem feito o que pode para levar esta nova prática aos seus eventos. Em locais como o Brasil, que não tem uma comissão atlética no molde norte-americano - apesar de uma nova comissão ter sido criada desde o UFC SP -, a organização já aplica penas diferentes.
O exemplo claro foi no UFC Rio 3, em outubro, em que Stephan Bonnar, pego com anabolizante, e Dave Herman, flagrado por maconha, tiveram suspensões diferentes, com menos severidade para o segundo.
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