Seleção mais velha entre as semifinalistas, Brasil deve perder referências e buscará renovação

O Brasil conquistou o heptacampeonato mundial de futsal no último domingo na final da Copa do Mundial da Tailândia ao derrotar a Espanha por 3 a 2 e mais que uma estrela a mais sobre o escudo da CBFS, o dramático triunfo sobre o maior rival deverá ter sido o início de um grande processo de reformulação da equipe.

Com média de idade de 31,4 anos, a seleção brasileira era a mais velha entre os quatro semifinalistas, sendo que dois deles são os maiores adversários do time verde e amarelo em Mundiais.

A Espanha, bicampeã mundial e vice-campeã nas duas últimas Copas, derrotada pelo Brasil em ambas, disputou o torneio na Tailândia com média de 29,6 anos, mas apresentou alguns jogadores novos e com potencial. Já a Itália, terceira colocada, teve uma equipe com média de 27,9 anos.

A Colômbia, grande surpresa na competição, disputou seu primeiro Mundial com um time com média de idade de apenas 24,7 anos.

A conquista com gol a 19s do fim da partida deve marcar o início de um grande processo de renovação na equipe, a começar pela busca por uma nova referência.

Com 35 anos e um histórico recente de contusões, o ala Falcão disputou sua última Copa e abriu caminho até mesmo para uma aposentadoria da seleção. O jogador já revelou que pediu dispensa da convocação a ser feita na próxima semana.

Outros dois jogadores considerados titulares e muito importantes que não devem jogar o Mundial de 2016 são o capitão Vinicius e Simi. O primeiro fará 35 anos no fim de dezembro, idade que Simi tem. Além deles, o goleiro Franklin, de 41 anos, se despediu da seleção na Tailândia.

Assim, se o técnico Marcos Sorato seguir no comando time, será necessária a busca por novos jogadores capazes de manter o nível recente da seleção. Apenas cinco convocados para o Mundial, Guitta (terceiro goleiro, 25 anos), Rafael (29 anos), Jé (29 anos), Fernandinho (29 anos) e Rodrigo (28 anos), estão abaixo dos 30 anos, e nenhum deles teve papel de protagonista na conquista do título.

Neto, autor do gol da vitória sobre a Espanha e eleito o melhor jogador do torneio, por exemplo, já tem 31 anos.

A Espanha é outro time que terá que buscar uma reformulação mais profunda, já que referências do time, como Kike (34 anos), Alemão (36 anos) e Alvaro (35 anos), não devem disputar outro Mundial. No entanto, Aicardo, de 23 anos, e Lozano, de 24 anos, mostraram potencial para manter o time no mesmo nível.