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Semelhança com Firmino e destaque nos passes: conheça o reforço do Botafogo

Bruno Nazário, ainda no Athletico-PR, em partida contra o Boca Juniors pela Libertadores 2019 - Jason Silva/AGIF
Bruno Nazário, ainda no Athletico-PR, em partida contra o Boca Juniors pela Libertadores 2019 Imagem: Jason Silva/AGIF

07/01/2020 07h30

A diretoria do Botafogo finalmente supriu o desejo de contratar o camisa 10 para 2020. A chegada de um meio-campista criativo era uma das prioridades do comitê de futebol desde a saída de Leonardo Valencia, e o nome escolhido para a função foi o de Bruno Nazário.

O jogador de 24 anos chega por empréstimo de um ano junto ao Hoffenheim-ALE e com uma cláusula de compra de 1,2 milhão de euros (R$ 5,4 milhões na cotação atual).

A trajetória de Nazário é similar, em partes, com a de Roberto Firmino, atual titular do Liverpool, constantemente convocado para a Seleção Brasileira e uma das estrelas do futebol mundial. Os dois foram criados nas categorias de base do Figueirense e se transferiram, ainda jovens, ao Hoffenheim.

Bruno Nazário, inclusive, chegou ao time alemão muito pelo sucesso de Roberto Firmino na Europa. O Hoffenheim enxergou um modelo de negociação similar com o meio-campista e fez questão de tentar repetir o resultado positivo. Não à toa, os dois brasileiros chegaram à equipe azul e branca com 18 anos, mas os desempenhos no Velho Continente foram distintos.

Se Firmino é peça-chave no atual campeão da Liga dos Campeões, Bruno Nazário não teve espaço no Hoffenheim e acumulou empréstimos. Com apenas dois jogos na Alemanha, o brasileiro foi cedido ao Lechia Gdansk na temporada 2014-15. Em solos poloneses, foram 37 partidas disputadas, a primeira grande sequência que teve na carreira profissional.

Desempenho no Brasil

Em 2016, Nazário foi contratado pelo Cruzeiro, mas, em uma equipe com diversas opções ofensivas, não teve espaço com Deivid, Paulo Bento e Mano Menezes, os três técnicos da Raposa no ano. O meia deixou Belo Horizonte com apenas cinco partidas disputadas.

O Guarani, time que atuou no ano seguinte, é, até agora, o ponto alto da carreira de Bruno Nazário. O meio-campista liderou o Bugre na campanha de recuperação contra a zona de rebaixamento na Série B e, em 2018, trouxe o título da Série A2 do Paulista para o Alviverde. Pela equipe do interior de São Paulo, foram 70 jogos e 15 gols marcados.

O destaque no Guarani abriu os olhos do Athletico-PR, que o contratou na metade de 2018. Mais uma vez, Bruno lutou contra uma forte concorrência na posição de armador e até teve um começo animador, mas uma lesão sofrida no joelho em setembro o afastou oito meses dos gramados.

Na temporada passada, o meia não voltou para a equipe titular, mas chegou a ser uma recorrente opção para Tiago Nunes no segundo tempo das partidas.

No Botafogo, Bruno Nazário terá liberdade para assumir a titularidade na criação da equipe comandada por Alberto Valentim. Leandrinho, retornando de empréstimo junto ao Sport, será a opção direta. As duas lesões sofridas no joelho direito durante a passagem pelo Athletico Paranaense, contudo, terão que ser superadas para uma sequência positiva.

Criatividade é o ponto-chave

Bruno Nazário se destaca pela capacidade associativa. Os passes são a forma que o meio-campista consegue se envolver diretamente com o jogo.

No último Campeonato Brasileiro, o atleta teve média de 15 passes certos por partida —destes, 12 foram dados para frente ou no campo ofensivo, com 78% de acerto. Vale ressaltar que o atleta fez 14 duelos na competição. Os dados foram retirados do site "Sofascore".

Na Copa do Brasil, o meio-campista foi fundamental para a classificação do Athletico contra o Flamengo, no Maracanã. Dos pés do camisa 77, saiu a assistência, entre os defensores rubro-negros, que resultou no gol de Rony, responsável por empatar a partida e levar a decisão para os pênaltis. Apesar de ter perdido a cobrança na marca da cal, Nazário foi importante para a passagem do CAP.

Nazário, canhoto, também pode atuar pelos lados do campo, mas chega no Botafogo realmente com a ideia de assumir o controle da criação das jogadas do time. A equipe comandada por Alberto Valentim, portanto, achou o armador que tanto procurava.

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