Brasileirão começa com árbitros e gramados em xeque. E cabeças em choque

O Brasileirão 2024 começou e a primeira rodada já deixou em xeque alguns árbitros por conta de suas decisões — com e sem VAR. Também gerou interrogação sobre gramados de alguns estádios e ainda reforçou o alerta a respeito do choque de cabeça entre jogadores.

Fila de reclamação contra arbitragem

A primeira rodada já trouxe uma fila de clubes prometendo reclamação junto à CBF por conta de decisões — polêmicas, para dizer o mínimo — da arbitragem. Atlético-GO, Grêmio e Atlético-MG foram os mais insatisfeitos.

O protesto do Grêmio envolve um pênalti não dado por Flávio Rodrigues de Souza, mesmo após o VAR recomendar a revisão do lance. Na interpretação do árbitro, Lucas Piton, do Vasco, tocou com o braço na bola sem intenção.

Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, reclama com o árbitro Flávio Rodrigues de Souza
Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, reclama com o árbitro Flávio Rodrigues de Souza Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

O time goiano detonou as principais decisões de Andre Luiz Skettino Policarpo Bento. Principalmente o pênalti sobre Bruno Henrique, que resultou na expulsão direta do lateral Maguinho. O atacante saiu sangrando do lance. O clube contestou ainda o vermelho direto ao técnico Jair Ventura. Da parte do Fla, a reclamação menos incisiva foi pela não expulsão de Alejo Cruz por acertar o pé no rosto de Ayrton Lucas.

Já o Atlético-MG criticou Yuri Elino e o VAR por não intervirem para expulsar Fagner após uma entrada de sola no joelho de Zaracho.

Wilson Seneme, presidente da comissão de arbitragem, vai ter trabalho.

Marretada no gramado

As pancadas do funcionário do Atlético-GO evidenciaram o quão ruim estava o gramado do Serra Dourada. Nessa cena em questão, a tentativa foi reduzir um morrinho que ser formou próximo ao sistema de irrigação. O campo, como um todo, estava irregular e cheio de areia.

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O gramado do Barradão, em Salvador, também sofreu críticas do técnico Abel Ferreira, após a vitória do atual campeão Palmeiras, por 1 a 0:

Gramado duro, difícil, alto. Prefiro sintético, sinceramente.

O gramado do Heriberto Hülse também estava sofrível, mas com um agravante: a chuva durante o empate por 1 a 1 entre Criciúma e Juventude.

Os três gramados citados são de estádios cujos times subiram agora da Série B.

Tite defende técnico adversário expulso. Até a página 2

Tite protagonizou uma cena que talvez tenha sido inédita no futebol. Um técnico protestou contra a expulsão de um treinador adversário.

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Adenor ficou tenso com a decisão da arbitragem que mandou Jair Ventura para o chuveiro logo no início do Atlético-GO x Flamengo. Mas essa defesa, depois, veio com ponderações.

"Eu falei que o árbitro tem que ter um pouco mais de sensibilidade de administrar algumas situações. Porém, eu também tenho que falar a verdade, que o árbitro falou que ele foi ofendido e aí é justificado. Se fosse só por um momento de reclamação eu poderia externar para ter um pouco mais de calma e conduzir, mas aí teve um outro incidente", disse Tite.

Segundo a súmula, a expulsão de Jair se deu porque ele disse:

Dá cartão, seu filho da p...

Protejam as cabeças

A primeira rodada foi tensa para alguns jogadores por conta de choques na cabeça. O novo protocolo de concussão foi acionado em duas partidas: Atlético-GO x Flamengo e Cruzeiro x Botafogo. Assim, os times ficaram habilitados a fazer uma substituição extra.

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Marlon Freitas, do Botafogo, foi o primeiro substituído com essa prerrogativa. Mas o choque mais sangrento foi entre Viña e Adriano Martins, que machucou a testa.

Kannemann, do Grêmio, inicialmente tinha sido tirado contra o Vasco por essa mesma razão, mas o médico mudou o diagnóstico durante o intervalo. Esse recuo, inclusive, será checado pela comissão médica da CBF.

Exato momento em que Viña e Adriano Martins têm choque de cabeça em Atlético-GO x Flamengo
Exato momento em que Viña e Adriano Martins têm choque de cabeça em Atlético-GO x Flamengo Imagem: Marcelo Cortes / Flamengo

VAR de sete minutos e cartão de 21 segundos

Battaglia, do Atlético-MG, leva cartão com 21 segundos contra o Corinthians
Battaglia, do Atlético-MG, leva cartão com 21 segundos contra o Corinthians Imagem: Reprodução

O que você faria em sete minutos? Seria possível preparar ao menos dois pratos de macarrão instantâneo. Mas foi esse o tempo que o VAR levou para verificar impedimento e anular um pênalti para o Criciúma contra o Juventude.

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Por falar em tempo, o cartão mais rápido do Brasileirão até aqui foi para Battaglia, do Atlético-MG: 21 segundos. Não por acaso, o jogador do Galo foi expulso ainda no primeiro tempo contra o Corinthians.

Panela de pressão

A primeira rodada já deixou o primeiro técnico na berlinda neste Brasileirão. Com Thiago Carpini, o São Paulo perdeu por 2 a 1, em pleno Morumbi, para o Fortaleza.

A próxima rodada é contra o Flamengo no Maracanã e a pressão sobre ele só cresce, ainda mais pelo desempenho recente no Paulistão.

Vai para onde, torcedor?

Um torcedor do Cruzeiro saiu tão desorientado com a vitória de virada sobre o Botafogo que errou o caminho e enfiou o carro numa escadaria do Mineirão.

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Esse gol foi no lugar errado. Mas no lugar certo, o Cruzeiro fez outros três.

O golaço da rodada

A pintura de Nicolás De La Cruz abriu o caminho para a vitória do Flamengo sobre o Atlético-GO. Uma falta cobrada com perfeição. Foi o primeiro gol do uruguaio com a camisa rubro-negra.

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