Organizadores barram participação de goleiro Bruno em torneio de várzea
Os organizadores de um torneio de várzea barraram a participação do goleiro Bruno na competição.
O que aconteceu
- Por meio de nota, a organização do torneio barrou a participação do goleiro da competição.
- O comunicado diz que Bruno não foi autorizado em nenhum momento a disputar o torneio. "Afirmamos que o atleta não disputará a Super Copa Pioneer Netshoes. Ainda que o regulamento permita a inscrição de jogadores no decorrer do campeonato, ressaltamos que em nenhum momento o jogador foi autorizado a disputar a competição, sem nenhuma inscrição oficial aprovada ao time responsável".
- O Orion FC, de São Paulo, anunciou a chegada de Bruno à equipe por meio das redes sociais ontem.
- O time é do bairro Jardim Noronha, na zona Sul de São Paulo, e vai disputar a Super Copa Pioneer em 2023.
"Decisão essa tomada com unanimidade pela organização e corpo diretivo da competição, e que se faz necessária sobretudo em prol de todas as mulheres que compõem a Super Copa Pioneer Netshoes, desde profissionais, voluntárias e torcedoras".
- A nota termina afirmando que a organização repudia qualquer tipo de violência contra a mulher. "Aceitar a sua participação seria extremamente danoso aos princípios e valores do torneio".
- Patrocinadora da competição, a Netshoes respondeu o comunicado no Twitter dizendo que "estamos juntos nesta decisão".
Críticas
- É o sétimo time que contrata o goleiro de 38 anos desde que ele saiu da prisão após o assassinato de Eliza Samudio, mãe de seu filho, em 2010. Ele teve passagens por Boa Esporte, Poços de Caldas, Rio Branco-AC, Araguacema, Atlético Carioca e Búzios entre 2017 e 2022.
- A publicação com o anúncio do jogador recebeu diversos comentários criticando a contratação, enquanto alguns torcedores se mostraram favoráveis ao acerto.
A situação de Bruno na Justiça
- Bruno foi condenado em 2013 a uma pena de 22 anos e três meses pelo assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samúdio e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho, Bruninho.
- Ele teve concedido um habeas corpus em 2017 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão assinada pelo ministro Marco Aurélio Mello.
- O goleiro conseguiu a progressão para o regime semiaberto em 2019. Ele ficou, ao todo, oito anos e dez meses na cadeia.
- O jogador ganhou liberdade condicional em janeiro deste ano da Justiça do Rio.
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