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Arena, dívidas e jogos em SP: Rueda dá satisfações aos sócios do Santos

Andres Rueda, presidente do Santos - Ivan Storti/SFC
Andres Rueda, presidente do Santos Imagem: Ivan Storti/SFC

Do UOL, em Santos (SP)

05/10/2022 11h02

Andres Rueda deu algumas satisfações aos associados do Santos durante a reunião de ontem (4) do Conselho Deliberativo. Após poucas entrevistas nas últimas semanas, o presidente falou sobre o projeto de arena, a dificuldade para mandar jogos em São Paulo e atualizou a torcida sobre as dívidas do clube.

As primeiras pautas da reunião foram limitadas aos conselheiros e jornalistas presentes, mas o último tópico foi transmitido no site do Sócio Rei. No "assunto de interesses do clube", Rueda fez uma breve apresentação e depois respondeu perguntas.

Andres Rueda recebeu críticas duras pela gestão do futebol e, em determinado momento da reunião, subiu o tom: "Vamos colocar pingos nos is. É hora de juntar para ajudar, porque para criticar está cheio", desabafou.

Arena

O presidente Andres Rueda lamentou a demora pelos próximos passos do novo estádio. Havia a promessa de apresentar o projeto atualizado da WTorre aos conselheiros em setembro.

A WTorre encomendou pesquisas qualitativas e quantitativas e conversou com a Prefeitura de Santos para reformular o modelo inicial, que precisou ser atualizado por causa do aumento do preço dos insumos após a pandemia da covid-19.

"Vocês precisam entender: estamos de espectadores. Fizemos a reunião, se montou cronograma. Estava previsto para setembro apresentar o novo modelo e, uma vez aprovado, trazer para a votação no Conselho. O prazo era setembro, não aconteceu, não foi por falta de cobrança. Hoje recebi a informação que os arquitetos passaram para WTorre [o novo cronograma]. Então, vai ser marcado entre essa semana e outra a reunião. Ficamos na dependência da WTorre. Está prometido entre essa semana ou outra a apresentação", disse Rueda.

A nova arena seria construída onde fica atualmente onde o estádio da Vila Belmiro e teria capacidade para 30 mil torcedores, além de 500 vagas de estacionamento. Os valores da construção são estimados em R$ 400 milhões e seriam viabilizados por investidores. A WTorre seria gestora pelos próximos 30 ou 35 anos.

Para antecipar a obra, o Santos venderia cinco mil cadeiras ou camarotes para gerar receita rápida. Se tudo for aprovado, o Peixe estima dois anos para construir e inaugurar a arena.

Jogos em São Paulo

Rueda voltou a ser cobrado pelos conselheiros para mandar mais jogos em São Paulo. O presidente do Santos afirmou que "tenta de tudo", mas depende da CBF ou da Polícia Militar.

Para levar um jogo para São Paulo, o Santos precisa que Corinthians, Palmeiras e São Paulo não tenham jogos no estado no mesmo dia. A próxima partida do Peixe fora da Vila Belmiro será contra o Avaí, no dia 5 de novembro (sábado), na Arena Barueri.

"Vocês não imaginam o esforço que a gente faz para mandar jogo em São Paulo. Objetivo era pelo menos um jogo por mês em São Paulo. A própria CBF solta a tabela soltou de sete em sete jogos, não temos uma tabela geral. Mesmo depois que solta, ela altera. Para o Santos mandar em São Paulo, temos alguns perrengues a sanar. Não pode ter jogo de nenhum time da capital na praça. Se tiver um jogo de um dos três, mesmo que seja em Barueri, PM não permite. Não temos o Pacaembu, mas sim Barueri. Levar jogo para segunda ou terça-feira às 21h30 é judiar muito da torcida. Brigamos pelo estádio no sábado ou domingo", disse Rueda.

"Na última divulgação da tabela, confirmamos o jogo contra o Avaí em Barueri num sábado, 16h30. Em compensação, todo jogo na segunda ou terça-feira à noite gera receita de R$ 1,5 milhão pelo SporTV. Estamos tentando ajustar. CBF prometeu divulgar a tabela do campeonato inteiro em 2023, e aí faríamos um jogo por mês em São Paulo. E aproveitando: deem uma olhada no valor que a gente cobra. É fácil aumentar o preço igual dos concorrentes, mas queremos estádio cheio, é promessa de campanha", completou.

Dívidas

O presidente Andres Rueda apresentou um balanço de dívidas pagas pela atual gestão. Quando a atual gestão assumiu, o Peixe tinha R$ 224 milhões a pagar em curto prazo. Após acordos, o valor caiu para R$ 172 mi.

Rueda pagou R$ 3,6 milhões em dezembro de 2020, R$ 55 milhões em 2021 e mais R$ 40 milhões até setembro de 2022. Faltam R$ 73 milhões, e a maior parte das parcelas vence durante o atual mandato, que termina em dezembro de 2023.

Dentre os acordos, alguns são mais longos e simbólicos: o Santos combinou de pagar R$ 6,5 milhões a Bryan Ruiz em 30 parcelas e R$ 2,8 milhões a Leandro Donizete em 25 vezes. Faltam R$ 5,5 milhões para Bryan e R$ 1,2 mi para Donizete.

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