Caso de racismo tem que implicar o clube de alguma maneira, diz Milly

O futebol brasileiro teve mais uma vez um caso de racismo em estádio de futebol, com um torcedor do São Paulo flagrado imitando um macaco para a torcida do Fluminense durante o jogo do último domingo (17), no Morumbi. Com mais um episódio, novamente se levanta o questionamento em relação ao clube ser ou não punido pelo ato de seus torcedores.

No UOL News Esporte, Milly Lacombe defende que o clube deva sim ser punido de alguma forma, seja atuando com portões fechados ou até mesmo a exclusão da competição em questão, cobrando que se tome medidas radicais para coibir o racismo.

"Eu acho que tem que implicar o time de alguma maneira nisso, ou com portão fechado, ou ser eliminado. Ser eliminado é uma medida radical? É. O racismo é um crime radical. Mais do que implicar com o racismo, a gente tem que se implicar no racismo", diz Milly.

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"A Amara Moira, colunista do UOL, escreveu uma coluna para falar isso e eu concordo totalmente com ela, a gente precisa pensar em reeducar também, qualquer punição precisa vir com uma reeducação e colocar a pessoa para fazer um curso, fazer algum voluntariado ou participar de alguma ação social para ela entender o que é o racismo", completa.

A jornalista afirma que punir apenas o torcedor envolvido não é o suficiente, já que os casos seguem ocorrendo e que uma medida mais forte que atinja o clube pode ser necessária.

"A pior medida é só punir o CPF, isso não está adiantando, então eu acho que tem que envolver uma punição ao clube e incluir a possível eliminação do clube do campeonato, acho que tem que ser nesse nível, com reeducação", conclui.