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Palmeiras se despede de casa por 4 jogos: Como jogar fora impacta o time?

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante treino na Academia de Futebol  - Cesar Greco
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante treino na Academia de Futebol Imagem: Cesar Greco

Diego Iwata Lima

Do UOL, em São Paulo

15/06/2022 04h00

Palmeiras e Atlético-GO, que terá casa cheia amanhã (16), pelo Campeonato Brasileiro, é uma espécie de despedida temporária entre o time e a sua torcida no Allianz Parque. Os próximos quatro jogos do clube, após enfrentar o Dragão, serão fora de casa.

A causa não são os novamente rotineiros shows na casa alviverde. Trata-se de um curioso conflito de tabelas de três campeonatos diferentes: Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores.

O time terá o São Paulo no Morumbi duas vezes e em sequência: 20 de junho, pelo Brasileiro, e dia 23, pela Copa do Brasil. No domingo (26), visita o Avaí, pelo Nacional. E, no dia 29, encara o Cerro Porteño, em Assunção (PAR), pela ida das oitavas da Libertadores.

A verdade, contudo, é que o desalojamento, especificamente, não preocupa muito o Alviverde, que tem rendimento alto na temporada, tanto em casa quanto fora. Em se tratando de Campeonato Brasileiro, aliás, o Palmeiras tem produtividade melhor como visitante.

Não convide o Palmeiras para sua casa

A conquista dos 22 pontos que o time tem no Brasileirão, que o fazem líder do torneio, se divide meio a meio entre as partidas como anfitrião e visitante.

Em casa, o Palmeiras tem seis jogos, três vitórias, dois empates e uma derrota. Isso o leva a 61,1% de aproveitamento, com sete pontos desperdiçados dos 18 possíveis. É o terceiro colocado nesta subdivisão.

Já fora de seus domínios, foram cinco jogos, três vitórias e dois empates, uma campanha invicta com 73,3% de pontos conquistados e o primeiro lugar no quesito.

No cômputo geral da temporada, o desempenho em casa prevalece, com 88,3% de aproveitamento: 20 jogos, 17 vitórias, dois empates e uma derrota. O saldo de gols mostra espantosos 38 positivos, com 47 gols pró e apenas nove contra.

Mas a campanha como visitante está longe de ser considerada ruim. O índice de aproveitamento de pontos é de 70,5%. Em 17 jogos, são dez vitórias, seis empates e uma derrota. O saldo de gols é de 21, com 31 marcados e dez sofridos.

Basta 'apenas' manter

É claro que o sarrafo está alto, e a temporada ainda está na metade. Mas uma análise simples leva à conclusão de que o Palmeiras tem poucos ajustes a fazer para seguir com sucesso nas três frentes.

Na Libertadores, o time teve 100% de aproveitamento na fase de grupos, portanto, está invicto tanto dentro como fora de casa.

Na Copa do Brasil, tendo jogado apenas o confronto da terceira fase contra a Juazeirense-BA, o Palmeiras ganhou como mandante, em Barueri, e visitante, em Londrina, em um confronto com duas equipes mandando jogos fora de seus domínios.

Se mantiver, bate pontuação de campeão

E, no Brasileiro, se mantiver os mesmos patamares de aproveitamento fora e dentro de casa, chegará a 77 ou 76 pontos.

Hoje, o time tem 22 pontos em 11 jogos, o que levaria a 76 —dois pontos conquistados por rodada na média. Essa variação com "margem de erro" de um ponto se justifica pela distorção estatística devido ao arredondamento de percentuais fracionados.

Até hoje, na história do campeonato nacional por pontos corridos e 20 clubes, houve apenas um vice-campeão com mais de 72 pontos.

Houve campeões com muito mais, como o Flamengo, em 2019, que fez 90. Ou o Atlético-MG de 2021, que fez 84. O próprio Palmeiras fez 80 pontos nas duas conquistas mais recentes, em 2016 e 2018. E o Corinthians fez 81, em 2015.

Mas, em quase todos estes campeonatos, os vices nunca passaram de 72 pontos. A exceção é o Santos, que fez 74 em 2019, mesma pontuação do próprio Palmeiras, terceiro colocado na ocasião. Em 2018, o Flamengo obteve 72 pontos. Em 2015, o Galo fez 69. Em 2016, o Santos fez 71. Já em 2021, o Fla terminou com 71.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado, houve um vice-campeão brasileiro com mais de 72 pontos, o Santos, em 2019. O erro foi corrigido.

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