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Corinthians oscila, e Vítor Pereira vê instabilidade pela 1ª vez no Brasil

Técnico Vitor Pereira comanda o Corinthians em partida contra o Avaí no Brasileirão 2022 - Marcello Zambrana/AGIF
Técnico Vitor Pereira comanda o Corinthians em partida contra o Avaí no Brasileirão 2022 Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

31/05/2022 04h00

Contratado em março deste ano pelo Corinthians, o técnico Vítor Pereira enfrenta seu momento mais delicado no futebol brasileiro. O Timão passou a oscilar nas últimas rodadas, perdeu a liderança do Brasileirão, ficou com a segunda colocação em sua chave na Copa Libertadores e, nos dois últimos jogos na Neo Química Arena, ouviu cobranças vindas das arquibancadas.

Embora o Alvinegro não perca há dez partidas, os últimos cinco compromissos terminaram em empate — sendo três deles em Itaquera. Mais preocupante ainda é a oscilação do rendimento em campo e as atuações tecnicamente abaixo do esperado nos duelos contra o time reserva do Always Ready-BOL e depois contra o América-MG, que também caiu na fase de grupos da Libertadores ao amargar a lanterna do seu grupo.

O contexto faz com que algumas críticas ao trabalho de Vítor Pereira ganhem força nas redes sociais e nas arquibancadas. A principal delas é em cima do rodízio implementado na equipe e as consequentes mudanças de formação e esquema tático jogo após jogo na temporada. Em mais de uma oportunidade, o português explicou os porquês da oscilação, justificando os seguidos desfalques no elenco e a necessidade de mais de um estilo de jogo consolidado para que o Corinthians seja competitivo no longo prazo.

"Começamos a ter algumas dificuldades do ponto de vista ofensivo no 4-3-3, o adversário saía com alguma facilidade e nos obrigava a correr muitos metros para trás. Trabalhar no outro sistema foi trabalhar nas nossas dificuldades. As dinâmicas do 4-3-3 e do 3-4-3 são diferentes, a cultura talvez precise de mais maturação, mais tempo de trabalho [para entender a proposta de trabalho]. Nós temos dificuldade de fazer isso, até por causa da ausência de lateral. O que quero dizer é que essa alternância nos retirou um pouco a dinâmica do 4-3-3, tendo consciência disso, teremos que voltar outra vez a insistir mais no 4-3-3, mas pontualmente, quando os jogos exigirem, teremos que jogar no 3-4-3, e teremos que estar preparados para isso", se defendeu Vítor no último domingo logo após o empate com o América-MG.

Apesar das críticas e das cobranças dos torcedores, o europeu segue prestigiado no com a diretoria corintiana. Seus métodos de trabalho, a gestão do elenco e as ideias do modelo de futebol a ser implantado agrada à cúpula, que possui o desejo de renovar o atual contrato, válido apenas até o fim desta temporada.

Não há qualquer possibilidade do Corinthians cogitar uma troca de comando técnico. A cúpula do Timão aguarda o último trimestre do ano para sentar com Vítor Pereira e discutir uma ampliação de contrato, o que apenas não deve acontecer caso o treinador não se sinta confortável em São Paulo ou com o trabalho desempenhado no Brasil.

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