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Brasileirão - 2022

Fluminense e Flamengo tem encontro de goleiros em momentos antagônicos

Fábio, do Fluminense, e Hugo Sousa, do Flamengo, vão se enfrentar no clássico pelo Brasileirão - Montagem
Fábio, do Fluminense, e Hugo Sousa, do Flamengo, vão se enfrentar no clássico pelo Brasileirão Imagem: Montagem

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

29/05/2022 04h00

O antagonismo inerente ao duelo entre Fluminense e Flamengo ganhou um ingrediente a mais para o clássico de hoje (29): o gol. As equipes cariocas se enfrentam pelo Campeonato Brasileiro vivendo momentos diferentes na posição sob as traves. Enquanto o experiente Fábio se tornou titular e ganhou a confiança da torcida tricolor, o jovem Hugo vem acumulando falhas e sendo alvo de vaias dos rubro-negros. O confronto, no Maracanã, será às 18h (de Brasília).

Fernando Diniz, que inicia o trabalho nas Laranjeiras, vê em Fábio mais um homem de confiança em campo. Do outro lado, Paulo Sousa tem em Hugo um ponto a mais a se preocupar, enquanto o time da Gávea não engrena e atravessa turbulência.

Fábio foi contratado pelo Fluminense na janela de transferências do início do ano, quando o clube foi ao mercado e acertou com oito reforços. Apesar de já ter Marcos Felipe e Muriel, a diretoria entendia a necessidade de ter um nome "pronto" e experiente para uma temporada em que teria competições como a Libertadores pela frente.

À época, Fábio havia acabado de deixar o Cruzeiro, clube que defendeu por 14 anos, e se tornou uma oportunidade de mercado. A assinatura com o Tricolor, inclusive, aconteceu após ele ter conversas avançadas com o América-MG.

Mesmo com a chegada do novo nome para o setor, Marcos Felipe iniciou o ano como titular. Logo depois, Fábio se tornou o goleiro da Libertadores, enquanto Marcos Felipe agarrava no Campeonato Carioca.

Aos poucos, o goleiro recém-chegado ganhou espaço, ainda sob o comando de Abel Braga. Com Fernando Diniz, porém, a situação não mudou, e Fábio já chegou a ser elogiado internamente, tornando-se nome importante na espinha dorsal imaginada pelo treinador.

"A impressão do trabalho do Diniz é muito boa, mesmo com o pouco tempo que a gente teve. Mas já conhecemos o estilo dele há algum tempo, tive a oportunidade de jogar contra e sempre foi muito difícil. E agora, jogando do lado dele, é uma satisfação enorme fazer parte desse trabalho que vem se iniciando. Esperamos que corra tudo bem e que a gente possa colocar tudo o que ele tem a nos ensinar e direcionar em prática para que, no final, a gente esteja feliz e comemorando títulos", afirmou o camisa 12, ao site oficial do clube.

Hugo, por outro lado, é cria do Flamengo e se destacou na base. A oportunidade no elenco profissional surgiu em 2020, em meio ao surto de covid-19 no elenco. Com boas atuações, logo se tornou titular em caiu nas graças da torcida. Mas a temporada seguinte foi de oscilações, e o camisa 45 perdeu espaço, se tornando terceira opção no setor, atrás de Diego Alves e Gabriel Batista.

Anunciado em dezembro como novo treinador, Paulo Sousa viu em Hugo potencial para se tornar, novamente, o dono da posição. E até visando um melhor trabalho com o jovem, pediu a contratação de Santos, então no Athletico. A ideia é que os mais experientes pudessem auxiliar no crescimento do camisa 45.

Porém, Santos logo se lesionou, e Diego Alves apresentou um quadro de pubalgia e se envolveu numa polêmica com o treinador português Paulo Sousa. Paralelamente a isso, Hugo cometeu falhas consecutivas, que custaram caro e pesaram na avaliação da torcida. O goleiro passou a ser alvo de duras críticas no Maracanã, sendo vaiado com frequência a cada toque na bola.

"Em relação ao Hugo e a todos jogadores, existem sempre falhas. Procuramos sempre melhorar para caminharmos próximos da perfeição. Nessa campanha, o Hugo sofreu um gol, hoje. É algo que procuramos estabilizar, com ele e todos os outros jogadores. Procurar dar confiança para tomarmos as melhores decisões, por vezes não tomamos as melhores decisões. Mas temos que saber ultrapassar essas situações. Ele, sendo um goleiro de 23 anos, vive um processo de crescimento para ultrapassá-las", apontou Paulo Sousa.